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Em live, nadadora paralímpica Edenia Garcia fala de representatividade feminina no esporte


A nadadora Edênia Garcia falou sobre temas pertinentes da atualidade, como vulnerabilidade e representatividade feminina no esporte paralímpico, durante a Live Paralímpica transmitida no perfil oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Natural de Crato, Ceará, Edênia é um dos principais nomes da natação feminina nacional. No bate-papo, ela contou que conversa com atletas mais jovens sobre como lidar com a vulnerabilidade no meio do esporte.

“Recebo mensagens de atletas mais jovens, da base, falando que se sentem mal em pedir ajuda. A gente cria na cabeça uma ideia de herói, dentro do esporte, e quando tem uma deficiência, é o herói perfeito. Para algumas pessoas demonstrar vulnerabilidade é o fim. E eu enfatizo muito para elas que demonstrar que precisa de ajuda é um ato muito corajoso. Só pede ajuda aquele quem se conhece e sabe que receber um apoio não vai te enfraquecer”, comentou a nadadora.

Em 2019, a atleta sagrou-se tetracampeã mundial nos 50m costas (Mar del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e Londres 2019) e contou o que a medalha na competição representa para ela.

“Não é só a Edênia que está no pódio, tem outras pessoas ali. Sair do interior do Ceará, uma mulher com deficiência, pobre, humilde, e chegar ao lugar mais alto do pódio representando a sua nação é algo muito importante, é muita responsabilidade. A representatividade para outras meninas é mais do que simplesmente uma medalha em Mundial”, afirmou a atleta que, em 2019, tornou-se pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019) nos 50m costas.

Durante o bate-papo, Edênia relembrou como foi a sensação que sentiu quando começou na natação. Ela nasceu com doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia fibular muscular, que afetou os movimentos dos seus membros inferiores e começou na natação por indicação médica.

“Eu me senti mais livre na água do que fora dela. Foi e ainda é uma sensação de liberdade muito grande e isso quando era mais nova foi algo incrível”, contou a nadadora que começou a competir aos 14 anos.

Foto: Alê Cabral/CPB

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