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Em isolamento social, Ginástica Artística Masculina dá exemplo de resiliência em treino aberto


“Vocês podem ter a certeza de que as coisas vão andar”. A afirmação categórica e peremptória, proferida num momento marcado pela incerteza, poderia ser colocada em dúvida, não fosse a autoridade de seu formulador: trata-se de Marcos Goto, o treinador que está por trás de Arthur Zanetti, campeão olímpico nas argolas em 2012 e prata em 2016. 

O Coordenador da Seleção de Ginástica Artística Masculina aposta que o grupo que lidera vai atravessar o período de pandemia coeso, disciplinado e em condições de lutar por grandes objetivos nos próximos anos. “Encontramos neste momento uma oportunidade de nos unir ainda mais. Estamos imbuídos do propósito de levar a Ginástica Artística Masculina do Brasil a um patamar ainda mais elevado do aquele que já ocupamos. Estamos em nosso melhor momento. Muitos pensam que o melhor momento é aquele em que aparecem os resultados. Não temos resultados agora, nestes meses de pandemia, mas temos muito mais união agora”.

A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Maria Luciene Cacho Resende, saudou o grupo de profissionais responsáveis pela formatação dos treinamentos online que estão servindo como referência também para outras confederações esportivas. “Esse trabalho deu mais vida ao nosso esporte. Essas atividades estão motivando nossos ginastas e estão disseminando conhecimento com excelência”.

O Diretor de esportes do Comitê Olímpico do Brasil, Jorge Bichara, também enxerga muita dedicação e união entre os profissionais que conduzem os treinos da CBG e os atletas. “Vocês estão conseguindo transformar um esporte individual em coletivo. Neste momento desafiador, vocês estão mostrando compromisso. Vocês são nossos parceiros. A ginástica hoje é um orgulho para o Brasil”.

Um dos aspectos que mais chamaram a atenção em duas horas e meia do treino online foi a ampla gama de exercícios que os treinadores foram capazes de criar com a utilização de utensílios domésticos como cabos de vassoura, cadeiras, sacolas ou mochilas com pacotes. 

Ao final do treinamento, Francisco Barretto resumiu o sentimento dos ginastas mais experientes da Seleção. “Já faz quase três meses que não entramos num ginásio. Este tem sido um momento muito difícil, mas ao mesmo tempo agradeço aos treinadores, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, que se uniram e não estão deixando a ginástica cair. Esse amor passa para nós. E fico muito feliz por ver essa molecada treinando com a gente. Se pudesse voltar no tempo, gostaria muito de ter a oportunidade de ter essa base que eles estão tendo agora. Agradeço à CBG, ao COB e à Caixa, que já estava com a gente desde a minha entrada na Seleção, em 2009”.

Representando os jovens ginastas, Cauá Ribbas expressou seu contentamento pela chance de poder se aprimorar na ginástica neste período. “Estou gostando muito de aprender com os mais velhos. Eles nos ensinam muitas coisas. Está sendo ótimo poder treinar com todos vocês”.

Foto: Divulgação

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