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Campeões olímpicos e mundiais aproveitam a quarentena para se capacitarem com os cursos oferecidos pelo COB


Ficar longe das quadras, campos, pistas e piscinas é tarefa complicada, mas os atletas do Time Brasil estão aproveitando o essencial período de isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19 para se capacitarem. Com mais tempo dentro de suas casas, muitos deles aproveitaram a oportunidade para se inscreverem em cursos oferecidos gratuitamente pelo Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), área de Educação do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Somente no Fundamentos da Administração Esportiva (FAE) e no Curso Básico de Gestão para Treinadores (CBGT), que começaram na semana passada, foram 43 atletas inscritos, um recorde para estes cursos desde a criação do IOB, em 2009. Entre os novos alunos estão nomes consagrados como o do ginasta campeão olímpico Arthur Zanetti, o da campeã mundial de handebol, Duda Amorim, e o da medalhista de prata no vôlei de praia no Rio 2016 Agatha Rippel, entre outros.

“Esse foi o ano que mais tivemos atletas olímpicos e pan-americanos inscritos nos processos de seleção dos cursos do IOB. Foi até surpreendente para nós. Ver o interesse dos atletas em cursos de capacitação de gestores e treinadores nos indica a preocupação deles em adquirir conhecimento visando uma preparação para o futuro. E recebemos esse cenário com alegria, por perceber a vontade dos atletas em permanecerem atuando na indústria esportiva. Sem dúvida, a experiência e o envolvimento de atletas capacitados e preparados só contribui para o crescimento do esporte no nosso país”, analisou a gerente do Instituto Olímpico Brasileiro e ex-ginasta, Soraya Carvalho.

A maioria dos atletas optou por ingressar no FAE, que teve um total de 284 inscrições e 150 alunos aprovados. Já no CBGT, foram 217 inscrições e 209 alunos aprovados.

“O COB oferecer esses cursos para os atletas é algo importante. Além de serem gratuitos deixam o atleta mais bem informado. São informações que ampliam o conhecimento, algo a mais para a carreira e o currículo. Conhecimento nunca é demais”, afirmou o rei das argolas Arthur Zanetti, que, aos 30 anos, segue se preparando para a sua quarta edição de Jogos Olímpicos, mas já pensa na transição de carreira. “Tem vários cursos que podem abrir portas para os atletas no pós-carreira, principalmente para os que já estão no finalzinho, como eu. É sempre bom fazer cursos que ajudem no pós-carreira. Atleta se dedica anos e anos a treinos, praticamente só sabe treinar e competir. Podem dar uma visão sobre outras coisas e faz com que a gente possa ter ideias e planejar o nosso futuro", acredita Zanetti.

A craque do handebol feminino Duda Amorim, que escreveu seu nome na história do esporte brasileiro ao liderar o Brasil na inédita conquista do Mundial de 2013 também entrou no FAE pensando no pós-carreira. “Adquirir conhecimento na área esportiva, estudar nunca é demais. Em breve estarei entrando na transição de carreira, e gostaria de me preparar pra isso. É um dos períodos mais difíceis que o atleta pode passar. Ele tem que começar outra carreira praticamente do zero e o quanto mais preparado estiver pra essa transição, menos dificuldades vai encontrar”, observa a catarinense, que fará o curso online de sua casa na Hungria.

A tricampeã dos Jogos Pan-americanos elogia a atenção dada pelo COB na capacitação de atletas. “Mostra a preocupação que o COB tem com o atleta não só dentro de quadra, mas fora também. Talvez um retorno pelo que o atleta fez pela modalidade, então vejo como uma oportunidade que todos os atletas precisam aproveitar”, ressaltou Duda.

Na casa da jogadora de vôlei de praia Ágatha, o curso do IOB será bem aproveitado. A vice-campeã olímpica no Rio 2016 terá a companhia do marido e treinador Renan Rippel. Os dois querem tirar proveito do tempo um pouco mais livre devido ao isolamento social causado pelo coronavírus. “Com certeza o fato de estar em casa facilitou a ingressar no curso. Se eu estivesse na minha dinâmica normal de treinamento e competições, eu não teria tempo. Ainda mais em um ano olímpico, em que a dedicação é imensa, a entrega gigantesca, seria muito difícil. Como eu vejo um futuro muito amplo para o pós-carreira, fazer um curso de gestão já me dará uma base para isso. Ainda não sei para onde eu vou, mas fazendo cursos como esse do COB, começo a plantar umas sementinhas para uma boa transição”, destacou a curitibana de 36 anos, que também pretende já colocar em prática os ensinamentos do FAE no seu projeto social de vôlei de praia, no Paraná, que existe há 12 anos.

Foto: Wander Roberto/COB


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