A Seleção Brasileira Feminina começava o seu ciclo olímpico para Tóquio sob um novo comando técnico, já que Emily Lima assumia o cargo em novembro de 2016 (substituindo Vadão) e se tornava a primeira mulher a treinar uma seleção brasileira. Entretanto, os resultados à frente da equipe deixaram insatisfeito o comando da CBF. Apesar do pedido das jogadoras para que ela seguisse no cargo, Emily foi demitida após apenas 10 meses de trabalho e a CBF trazia Vadão de volta ao cargo.
O primeiro grande desafio de Vadão em seu retorno à seleção foi em abril de 2018, com a disputa da Copa América, torneio classificatório para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. O Brasil foi campeão sem nenhuma dificuldade, vencendo todos os jogos e sofrendo apenas 2 gols durante o certame. A seleção era assim a primeira a conquistar a vaga olímpica em campo. Porém, os fracos adversários no continente não mediam a força do Brasil no cenário internacional e os amistosos de preparação para o Mundial no ano seguinte mostraram isso. Vadão conseguia um feito inédito à frente da seleção brasileira, obtendo nove derrotas consecutivas.
Mesmo assim, o técnico continuava prestigiado no cargo e a seleção chegava desacreditada para a Copa do Mundo da França. Na primeira fase, o Brasil estreou vencendo a Jamaica com 3 gols de Cristiane. No jogo seguinte, as brasileiras venciam a Austrália por 2 a 0, mas sofreram a virada e foram derrotadas. No jogo que encerrou a fase de grupos, o Brasil venceu a Itália por 1 a 0 e classificou em terceiro lugar pelos critérios de desempate. Nas oitavas de final, o Brasil enfrentou a anfitriã França, em que a seleção foi derrotada na prorrogação por 2 a 1.
A Copa do Mundo de 2019 foi a mais bem sucedida da história, com recordes de público nos estádios e de audiência no mundo inteiro. O título ficou mais uma vez com a seleção dos Estados Unidos, que derrotou na decisão a Holanda por 2 a 0, conquistando o tetracampeonato mundial.
Após o Mundial, Vadão deixou o comando da seleção feminina. Em seu lugar, assumiu a sueca Pia Sundhage, bicampeã olímpica com os Estados Unidos em 2008 e 2012 e prata com a Suécia nos Jogos Rio 2016.
Seleção masculina defenderá título olímpico em Tóquio
Em agosto do ano passado, André Jardine assumiu a seleção olímpica em busca da classificação para os Jogos de Tóquio. O torneio classificatório foi o Pré-Olímpico, que voltou a ser disputado, já que desde os Jogos de Pequim 2008 o torneio que classificava para Olimpíada era o Sul-Americano Sub-20.
No Pré-Olímpico, o Brasil venceu os quatro jogos da primeira fase. No quadrangular final, o Brasil empatou diante da Colômbia e Uruguai e chegou para o jogo contra a Argentina precisando vencer para garantir classificação. Mas a seleção não decepcionou e venceu por 3 a 0, carimbando o seu passaporte para Tóquio.
Com o adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano que vem, a FIFA manteve a elegibilidade dos jogadores para nascidos até 1° de janeiro de 1997. Com isso, a competição passará a ser com atletas Sub-24.
Fotos: Divulgação/CBF
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