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Skate promove mudanças no sistema de qualificação olímpica e deixa realização dos Mundiais de 2020 em aberto


A World Skate, federação internacional do skate, definiu os novos parâmetros de qualificação olímpica para os Jogos de Tóquio, após seu adiamento em um ano, por conta da pandemia do coronavírus. A entidade deixou claro que o documento foi revisado pela Comissão dos Atletas, mas ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A quantidade de vagas segue inalterada: 40 para o park e 40 para o street, sendo 20 para o masculino e 20 para o feminino. São 16 vagas obtidas via ranking, uma é destinada ao país-sede e as outras três são conquistadas pelo Mundial da modalidade.

O ranking, que deveria ser encerrado em 31 de maio de 2020, agora será fechado em 29 de junho de 2021. Os dois melhores resultados obtidos na primeira janela (até setembro de 2019) continuarão valendo para o ranking, enquanto os quatro melhores desempenhos a serem conquistados na janela 2020/2021 contarão pontos para a corrida olímpica. O sistema de pontuação também permanecerá o mesmo.

Quanto aos Mundiais, a World Skate deixou sua realização em aberto entre esse ano e o próximo. O Mundial de Park, com sede em Nanjing, China, e o Mundial de Street, em Londres, Grã-Bretanha, aconteceriam em maio, mas foram suspensos em decorrência da pandemia. A federação disse que ainda está muito cedo para tomar uma decisão final sobre a realiazação deste ano.

Sobre a retomada das competições, a entidade deixou claro que a segurança terá que estar em primeiro lugar. Para que haja um evento, a pandemia deverá estar controlada no país-sede, havendo um acesso democrático para todos os participantes (sem restrição de viagens) e com garantia de tempo hábil de treino aos atletas. O cronograma de um evento deverá ser publicado com, no mínimo, dois meses de antecedência a sua realização.

A quantidade de campeonatos que serão disputados até o fim da corrida olímpica também é incerto e dependerá de quando a temporada retornará ao normal. Quanto antes voltar, mais competições terão. A World Skate decretou que deverá haver um intervalo de, no mínimo, duas semanas entre os eventos de uma mesma disciplina.

No street, os campeonatos continentais deverão ser incluídos na corrida olímpica, enquanto o park não terá a disputa dos regionais. Já os resultados dos campeonatos nacionais de qualquer uma das disciplinas serão adicionados ao ranking.

Apesar de ainda necessitar do aval do COI, as mudanças em relação à atualização divulgada pela World Skate devem ser as menores possíveis, somente havendo ajustes para se adaptar à situação global.


Situação dos brasileiros

Rayssa Leal, atual vice-campeã mundial, tem vaga encaminhada para a Olimpíada (Pedro Ramos/Rede do Esporte)
No momento, o Brasil tem a quantidade máxima de classificados para um país, que é 12. A situação mais confortável é no street feminino, em que Pamela Rosa é a líder do ranking, Rayssa Leal é a vice e Leticia Bufoni é a quarta colocada. Gabriela Mazzeto (oitava), Virgínia Fortes (décima) e Isabelly da Silva (15ª) estão entre as 16 primeiras do ranking, mas não têm a vaga porque o sistema estabelece um limite de três atletas por país em cada uma das provas.

Quem também terá disputas acirradas na reta final da corrida olímpica é o park masculino. Hoje, estariam classificados Luiz Francisco - o Luizinho -, segundo colocado, a lenda Pedro Barros, quarto colocado, e Pedro Quintas, sexto colocado. Matheus Hiroshi (oitavo) e Murilo Peres (décimo) estão em posições próximas e podem roubar alguma das três vagas com bons resultados na segunda janela.

No park feminino, Dora Varella está na sexta colocação, Isadora Pacheco na nona, enquanto Yndiara Asp, estaria classificada com o 11º lugar, mesmo com as lesões que teve na reta final da temporada passada.  No street masculino, Kelvin Hoefler  (quinto), Giovanni Vianna (13º) e Carlos Ribeiro (14º) estão dentro dos elegíveis aos Jogos de Tóquio.

Foto: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br

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