De acordo com o britânico Daily Mail, o chefe-executivo da Pacífico Welfare e ex-capitão de Samoa, Dan Leo, escreveu uma carta solicitando à entidade mundial a abertura de investigação sobre Kean e sobre a Federação Francesa de Rugby, que apoiou a candidatura do dirigente.
"Estamos recebendo conselhos de nossos advogados sobre uma carta que estamos redigindo. Estou decepcionado que a World Rugby não tenha iniciado uma investigação aberta sobre Kean e França por indicá-lo", disse Leo.
Logo após as acusações vierem à tona, Kean, que já havia sido condenado em 2007 por homicídio culposo, abdicou da presidência da FRU, além de ter desistido do cargo na World Rugby. Leo ameaçou levar a situação para o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que a entidade tome as devidas providências, o que inclui até mesmo retirar o rugby sevens do programa olímpico, uma vez que as condutas de Kean podem ter ferido o código de ética do COI.
"Se a World Rugby não se comprometer com as reformas de governança, nossa próxima carta será para o Comitê Olímpico Internacional, pedindo que considerem suspender o rugby como um esporte olímpico até que estejam totalmente em conformidade com as obrigações do COI", declarou o samoano.
"Se for preciso um pouco de dor a curto prazo, ou seja, ser bloqueado das Olimpíadas, que assim seja. Mas espero que o esporte possa ser proativo nisso antes que isso aconteça", completou.
Como resposta às declarações de Dan, o técnico da seleção norte-americana de rugby sevens, Mike Friday, alertou o samoano para não utilizar o esporte como um jogo político. “Essa é uma tática juvenil de braço forte a ser lançada, dado todo o trabalho que foi feito para obter o sevens nas Olimpíadas”, disse à rugbypass nesta sexta, 1º.
O rugby esteve presente nas Olimpíadas de 1900, 1908, 1920 e 1924 como o tradicional "Rugby de XV". O esporte só retornou aos Jogos Olímpicos mais de 90 anos depois, na Rio-2016, com a modalidade de sevens. Na ocasião, Fiji foi campeão no masculino, enquanto a Austrália ficou com o ouro no feminino. Para Tóquio-2020, o Brasil tem vaga garantida entre as mulheres.
Foto: Jonne Roriz/COB
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