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Roland Garros pode ser realizado sem presença de público, afirma presidente da FFT


O presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT), Bernard Giudicelli, admitiu a possibilidade de que o torneio de Roland Garros, um dos quatro Grand Slams, seja disputado sem a presença de público. 

Em entrevista para a agência de notícias AFP, Guidicelli disse que é importante que pelo menos um dos modelos de negócio do torneio dê certo. "Milhões de espectadores em todo o mundo estão esperando. A realização do campeonato com portões fechados permitiria que parte do modelo de negócios, no caso os direitos de televisão, que representam mais de um terço da receita do torneio, fosse adiante. Isso não pode ser esquecido", declarou. 

A especulação sobre o adiamento de Roland Garros em mais uma semana, passando de 20 para 27 de setembro também foi comentado por Giudicelli, que afirma estar em conversas com ATP e WTA para definir o tema. Se for essa for a decisão da organização, os jogadores ganham uma semana a mais na preparação, já que a diferença entre a final do US Open e a abertura do Grand Slam parisiense é de apenas sete dias.

"Eu tenho discussões regulares com Andrea Gaudenzi (presidente da ATP), Steve Simon (presidente da WTA) e David Haggerty (chefe da ITF) e outra conversa está planejada na próxima semana para ver como progredimos. Estamos trabalhando juntos, mas ainda é um pouco cedo para determinar com precisão o cronograma", apontou Giudicelli.

Foto: Roland Garros
O presidente da FFT falou que não se arrepende de ter tomado uma decisão unilateral sobre o adiamento de Roland Garros. Na ocasião, ele optou pelo reagendamento sem consultar nenhum órgão ou entidade do tênis. 

"Roland Garros é a maior força do tênis na França, é o que alimenta os jogadores, são 260 milhões de euros em receita, ou 80% do faturamento da FFT", acrescentou Giudicelli. "Pensamos neles primeiro, protegendo-os. Fizemos uma escolha corajosa e hoje ninguém se arrepende. Um torneio sem data é um barco sem leme e não saberíamos para onde estamos indo", ressaltou.

Giudicelli afirmou ainda, que tentou não prejudicar outros grandes eventos que poderiam estar marcados para as datas que ele decidiu remarcar Roland Garros. Vale lembrar que por um período a decisão gerou polêmica pois o Major francês ocuparia as datas da Laver Cup, o maior torneio de exibição do circuito. No mês passado a organização da Laver Cup optou por cancelar a edição 2020 do torneio. 

"Nos posicionamos o mais longe possível no calendário, ansiosos para não prejudicar grandes eventos, para que nenhum Masters 1000 ou qualquer Grand Slam fosse afetado. O adiamento parece ter mostrado que estamos no caminho certo", explicou.

Foto: Thomas Samson/AFP

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