A Associação de Tênis Feminino (WTA), a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), a Federação Internacional de Tênis (ITF) e os quatro Grand Slams planejam anunciar nesta semana o lançamento do fundo de US$ 6 milhões para ajudar os tenistas, tentando reduzir os efeitos financeiros causados pela pandemia de coronavírus. O plano deve beneficiar cerca de 800 jogadores de simples e duplas, entre mulheres e homens.
De acordo com um e-mail obtido pelo Associated Press, as entidades que cuidam do tênis estão próximas de estabelecer as regras de elegibilidade que levarão em conta o ranking dos atletas e o histórico de premiação faturada.
O e-mail das sete entidades envolvidas no projeto de auxílio aos tenistas diz ainda que o dinheiro será repartido de forma igual entre homens e mulheres. Caso seja feita de fato uma distribuição equiparada, cada atleta receberá uma renda de US$ 7.500. A esperança é que o fundo tenha financiamento adicional por meio de doações e leilões realizados por tenistas mais favorecidos.
Quem vai supervisionar a distribuição do dinheiro arrecadado serão WTA e ATP, algo que já era especulado quando surgiram as primeiras ideias sobre o auxílio.
Assim como diversos esportes, o tênis foi muito prejudicado pela pandemia de coronavírus, que levou a suspensão do circuito até no mínimo julho deste ano, podendo até mesmo ser estendida. Mais de 30 torneios foram cancelados, incluindo o torneio de Wimbledon, que não era revogado há 75 anos.
Isso fez com que muitos jogadores ficassem sem renda, já que é necessário jogar para sobreviver financeiramente, mesmo que na maioria das vezes o esporte não seja lucrativo. Uma das funções do Tennis Point Exibition Series, torneio de tênis sem a presença de público, realizado entre os dias 1 e 4 de maio, foi ajudar alguns tenistas da Alemanha. Oito jogadores participaram do evento.
No mês passado alguns tenistas fizeram declarações sobre o período de paralisação do circuito e a dificuldade em se manter financeiramente. Um deles foi o tenista norte-americano de 26 anos, Mitchell Krueger, atual 195º do mundo.
"É obviamente um momento sem precedentes. A maioria dos tenistas tem como renda a premiação dos torneios. Nem todo mundo tem acordos de patrocínio ou apoio de federações que garantem dinheiro. Portanto, é obviamente uma luta muito grande enquanto não há torneios. Tirando os momentos de lesão, onde se você machucar-se poderá ficar por até três meses fora, dependendo da gravidade da lesão, está é uma situação na qual a maioria dos jogadores nunca esteve" apontou Krueger.
Foto: Divulgação
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