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CBG inclui convidadas nos treinos online de Ginástica Rítmica e cria motivação em meio à pandemia


Em isolamento sim, paradas, nunca! Com esse lema em mente, a Confederação Brasileira de Ginástica faz adaptações ao planejamento previsto no ano passado para dar continuidade às ações num contexto de isolamento social imposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas autoridades sanitárias brasileiras.

A CBG desenvolveu um Plano de Ação com o objetivo de atender atletas e treinadores, que trabalham no interior de suas residências com a ajuda de ferramentas que possibilitam a conexão de vídeo via internet. Dessa forma, atletas convidadas e suas treinadoras podem acompanhar o treinamento da Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica. Além de incentivar as atletas para se manterem praticando a modalidade em alto nível, a iniciativa proporciona condições para que as componentes da comunidade prossigam em evolução, evitando que a pandemia seja um obstáculo intransponível para o desenvolvimento das atuais e futuras gerações da ginástica brasileira.

O treinamento, na modalidade a distância, teve início no dia 21 e se encerra no sábado (25), sempre ocupando a faixa de tempo das 9h às 13h. Foram convidadas as ginastas a partir de 14 anos de idade, bem como seus respectivos treinadores, que participaram do Estágio de Treinamento de Ginástica Rítmica realizado pela entidade em dezembro do ano passado, além das indicadas pela Coordenadoria das Seleções e pelo Comitê Técnico da modalidade.

“Um dos objetivos dessa ação é compartilhar e democratizar o conhecimento que as treinadoras da seleção têm. É uma forma de motivar as meninas, tanto as da seleção como as convidadas. Trata-se de uma ação da coordenadora de seleções, Camila Frezin. A Bruna Martins, assistente técnica, ministra a parte de balé, e a Mônika Queiroz, treinadora do individual (da ginasta Natália Gáudio), tem feito muitas intervenções interessantes na correção dos movimentos das ginastas”, diz Renata Teixeira, coordenadora do Comitê Técnico de GR.

Trata-se do desdobramento de uma ação planejada anteriormente, envolvendo ginastas de todas as categorias. “Começamos com as categorias pré-infantil, infantil e juvenil, que realizaram um estágio de treinamento em dezembro do ano passado, em Aracaju. Antes da pandemia, tínhamos planejadas outras ações, novos estágios e a Escola Nacional de Treinadores, que pretendemos colocar em prática este ano”, informa Renata.

É uma iniciativa nos moldes da Academia FIG (Federação Internacional de Ginástica): uma escola de treinadores que tem como meta aperfeiçoar a formação, capacitar treinadores e padronizar o trabalho do Brasil na GR, consolidando o estilo próprio nacional, criando as bases de uma escola de ginástica. “Como parte desses trabalhos está suspensa, pensamos em fazer uma ação que traz elementos de todas essas iniciativas”, acrescenta Renata.

Empolgada com essa empreitada, Camila Ferezin aposta que a sinergia entre ginastas da seleção e aquelas que pretendem ingressar nela será mutuamente benéfica. “Este é um momento inédito em nossas vidas, no qual temos que nos reinventar. Essa ideia (do treinamento envolvendo ginastas convidadas) foi ótima para dar continuidade ao nosso trabalho com a seleção. As ginastas ficam muito mais motivadas e motivam também as ginastas e treinadores dos clubes. Assim, continuamos desenvolvendo a ginástica do nosso país através desta oportunidade de vivenciar e ganhar mais esta experiência de treinar com a seleção”.

A ginasta Ana Luísa Passos, do Cassab (Clube de Associados da Aeronáutica de Brasília) está vibrando com a possibilidade de receber o mesmo treino ministrado às atletas da seleção brasileira adulta. “Estou adorando essa oportunidade. Com esse treino, a gente se motiva e podemos melhorar cada vez mais. Estou vendo que tem uma variedade de coisas diferentes que podemos praticar. Estou tratando de anotar os exercícios para continuar fazendo esses treinos também depois que a pandemia passar”, diz a ginasta, que participou do Mundial Juvenil de Moscou, no ano passado. Na capital russa, a jovem de 16 anos recebeu elogios de ninguém menos do que a atual campeã olímpica individual de GR, Margarita Mamun.

A treinadora Maria Helena Kraeski, da ADIEE (Associação Desportiva do Instituto Estadual de Educação) é mais uma entusiasta da iniciativa. “É uma chance que temos de reciclar conhecimentos. Além dos treinamentos, as ginastas estão tendo acesso a palestras excepcionais sobre antidoping e saúde da mulher. A CBG está dando passos bem grandes no sentido do crescimento e da criação da escola brasileira de ginástica, com uma linha mais homogênea”.

Foto: Divulgação/CBG

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