Últimas Notícias

Calderano, Ishiy e Jouti participam de live da CBTM e falam sobre carreira e vida na Europa


A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) promoveu uma live nomeada como 'Resenha TMB', com três dos cinco brasileiros que integram o top 100 do ranking mundial da modalidade: Hugo Calderano, 6º, Vitor Ishiy, 58º, e Eric Jouti, 88º. Entre histórias pessoais e muitas brincadeiras, o trio também falou sobre carreira e a vida na Europa antes e durante o coronavírus. 

Jouti estava morando na França antes da pandemia e explicou a decisão de voltar ao Brasil enquanto ainda era possível. "Voltei no meio de março, antes que as coisa piorassem. Não queria correr o risco de ficar sozinho aqui, então aproveitei. Poderiam fechar os trens e aeroportos", apontou. 

Entretanto, Calderano optou por permanecer em Ochsenhausen, uma pequena cidade alemã com pouco mais de 8 mil habitantes, onde fica o clube em que joga o mesa-tenista brasileiro. Lá, ele recebeu o companheiro de equipe na seleção brasileira, Vitor Ishiy, que joga por um clube francês. 

"É uma situação nova, vim para a Alemanha pois tive medo de contrair o vírus e passar para os meus pais", declarou Ishiy.

Calderano contou na live como foi a sua adaptação ao chegar na Europa, revelando a ajuda do parceiro de seleção, Ishiy. "Quando cheguei aqui na Alemanha, eu estava com o Vitor, então isso ajudou muito, pois compartilhávamos do mesmo sentimento de novidade, de uma nova experiência. Não considero vir para cá como um sacrifício, eu que fiz essa escolha. No final, ao conhecer a equipe, pude ver que todos estavam passando pela mesma coisa", ressaltou. 

Ishiy seguiu a mesma declaração de Calderano, afirmando que 'tinha que fazer valer a pena todo o esforço para estar ali". Contudo, Jouti revelou que passou muito tempo sozinho na mudança. "Por muito tempo peguei avião sozinho, trem sozinho. Tive momentos de dificuldade e de tranquilidade. Mas o mais complicado é ficar longe da família e amigos. O clima também, na Europa é bastante frio e eu nunca tinha lidado com neve. A comida é diferente", contou Jouti. 

Ao serem perguntados sobre algum tipo específico de preparação mental antes dos jogos, o trio de mesa-tenistas emitiram a mesma opinião, não revelando tratamentos característicos. "Gosto de analisar o adversário e pensar nas estratégias que deverei utilizar. No máximo escuto músicas para relaxar", disse Jouti sobre o tema.

Brasileiro com melhor ranking da história do país no tênis de mesa, Calderano falou sobre seu adversário mais difícil na modalidade. "Ma Long me proporcionou as partidas mais difíceis. Foram três jogos em Mundiais. Antes de começar o ponto você já não sabe onde sacar, porque ele se posiciona muito bem. Ele não tem um ponto forte disparado, é um jogador simples e que executa tudo com perfeição, erra poucas vezes", confessou. "Em nossa última partida eu me mantive bem durante três sets. O desafio é manter esse nível de concentração durante a partida toda". 

O brasileiro número 6 do ranking mundial falou ainda sobre a sensação de ser a inspiração para muitos jovens atletas. "Acho muito legal ver jovens atletas se inspirando em mim. Como sempre digo, quero fazer do tênis de mesa um esporte muito popular no Brasil, por exemplo. Tive experiências legais durante treinos em Singapura e na Coreia do Sul. Alguns jovens interagiram bastante comigo e tentaram fazer o meu golpe de backhand com as duas mãos. Isso é muito gratificante", explicou Calderano. 

No final da transmissão do 'Resenha TMB', Ishiy foi perguntado sobre como se comporta no início de uma partida e afirmou que é algo que aos poucos está evoluindo. "Talvez seja um erro meu, mas as vezes tento impor demais o meu jogo. Mas em conversas com treinadores e no dia a dia estou aprendendo a me adaptar mais rapidamente à partida, ao que o adversário faz. Independentemente de jogar bem ou mal, o importante é vencer o adversário", relatou. 

Foto: Reprodução/YouTube

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar