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Tênis de mesa ajuda os portadores do Mal de Parkinson a melhorarem a qualidade de vida


O sábado, 11 de abril, marcou o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Há exatos 203 anos, em 1817, o cirurgião inglês James Parkinson descrevia a doença degenerativa pela primeira vez, em um estudo científico, caracterizada pela morte de células do cérebro responsáveis pela produção de dopamina, uma substância que controla os movimentos do corpo. 

Já se passaram mais de dois séculos da descoberta da doença. E hoje se sabe que o tênis de mesa é uma das atividades mais importantes para que os portadores do Mal tenham uma melhor qualidade de vida. Um estudo completo será apresentado na reunião anual da Academia Americana de Neurologia, no dia 25 deste mês, em Toronto (CAN), que deve ser realizada através de videoconferência.

Quando a dopamina é reduzida, as pessoas começam a apresentar sintomas como tremores, membros rígidos, problemas de postura, marcha e equilíbrio, movimentos lentos e alterações na fala. É exatamente neste sentido que os cientistas da Universidade de Fukuoka, no Japão, baseiam seus estudos. Segundo eles, o tênis de mesa é um exercício que consegue melhorar a coordenação entre o olhar e os movimentos da mão, aprimora os reflexos e estimula o cérebro.

De acordo com os cientistas japoneses, 12 pessoas foram testadas. A média de idade dos pacientes era de 73 anos e todos praticaram tênis de mesa uma vez por semana, durante seis meses, por cinco horas, com orientações de jogadores mais experientes. Além disso, faziam exercícios de alongamento. Duas avaliações foram feitas: uma após três meses do início da pesquisa e outra ao final. 

Outros estudos maiores estão sendo organizados, mas os resultados dos primeiros testes foram animadores. Os pacientes mostraram melhorias significativas na fala, na caligrafia e em ações simples do dia a dia, como se vestir, levantar da cama e caminhar. Houve resultados interessantes também na postura, rigidez, expressão facial, além de evolução de movimentos e melhoria dos tremores nas mãos.

O fato é atestado por quem tem a doença e pratica a modalidade. A Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) realizou, em 2019, o I Mundial para Atletas com Parkinson. Dois brasileiros participaram e ganharam medalhas no torneio: o santista Edmur Mesquita e o carioca Roberto Morand. Enquanto o primeiro se aproximou do esporte exatamente por causa do Parkinson, o segundo já jogava como lazer e passou a praticar com mais ênfase após ser diagnosticado com a doença.

Foto: ITTF

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