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Realização do Tour de France pode ser "receita para desastre" afirma professora de universidade britânica


A professora e diretora do Departamento de Saúde Pública Global da Universidade de Edimburgo, Devi Sridhar, descreveu o plano de realizar o Tour de France, principal prova do ciclismo mundial, em meio à pandemia do coronavírus, como "receita para o desastre".

"O mais sábio a se fazer é cancelar o evento neste ano", disparou Sridhar. "É uma decisão dolorosa, mas não há escolha melhor". 

O Tour de France estava programado para os meses de junho e julho, mas após o presidente da França, Emmanuel Macron, ter determinado a proibição de eventos esportivos até 11 de julho, o torneio precisou ser reagendado entre os dias 29 de agosto e 20 de setembro. 

"Este é um vírus que ainda está por ai e pode voltar, pois é um problema a longo prazo. Mesmo que a França controle o vírus até agosto, é claro que a questão é a vinda de pessoas de diferentes países", declarou Sridhar. 

Sridhar apontou uma série de riscos que podem levar a interrupção do Tour se houver contágio entre as equipes participantes. "Definitivamente, existe o risco de o Tour de France se movimentar e espalhar o vírus involuntariamente dando início a um novo bloqueio". 

Além disso, Sridhar sugere que os organizadores do Tour possam repensar o plano de retomada. "Eles precisam avaliar os riscos e os benefícios. Milhares de pessoas de todo o mundo, reunidas e se deslocando frequentemente de cidade em cidade. Esse é o cenário mais favorável ao vírus. Essa receita pode ser um desastre", avaliou. 

Enquanto muitos ciclistas comemoraram a possibilidade de realização do Tour, o atual campeão Egan Bernal, que está confinado na Colômbia, não confirmou sua participação no evento. 

"Não me escapou que o atual campeão esteja na Colômbia, mas a Europa está no coração do ciclismo e a maioria dos atletas deste esporte vive na França", disse  o diretor do Tour, Christhian Prudhomme. 

As datas ocupadas pela remarcação do Tour de France também causaram dor de cabeça para organizadores de eventos menores da modalidade (assim como no circuito mundial de tênis), acarretar no choque de coberturas entre outros eventos pela TV. 

Foto: Divulgação/AFP

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