Ainda que a maior parte dos atletas tenha apoiado a decisão de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, alguns expressaram sua decepção de forma mais enfática. Entre eles está o indiano Sharad Kumar, do salto em altura paralímpico, que terminou em quarto lugar na Rio-2016.
"Fiquei devastado ao saber das notícias do adiamento. Trabalhei duro nos últimos três anos apenas olhando esse grande evento em minha frente e de repente não está mais lá. O tempo, esforço e dinheiro que foi gasto na preparação é tão grande que será duplamente difícil continuar por mais 15 meses. É como parar 100 metros antes do topo do Monte Everest", declarou o atleta indiano.
O atleta, especialista em salto em altura paralímpico, treina na Ucrânia com seu técnico Evgeny Nikitin e agora está preso no país europeu. Ele avisou ao Comitê Paralímpico da Índia para interromper o pagamento do técnico, já que não houve treinos neste mês, segundo informou ao jornal Times of India. "Mas a situação está piorando e eu gostaria de voltar a Índia o mais cedo possível. Contactei a embaixada hoje e eles me disseram que me manterão informados". Enquanto a Índia entrou em quarentena total no dia 24 de março, a Ucrânia também restringiu viagens neste mês.
O atleta de 28 anos terminou em quarto no salto em altura T42 nos Jogos Olímpicos de 2016 e cumpria suspensão por doping durante a Olimpíada de Londres 2012. Ele venceu medalhas de ouro nos Para-Jogos Asiáticos de 2014 e 2018 e foi vice-campeão mundial em 2017 e 2019.
No fim de março ele tinha anunciado a doação de 1% de sua renda, 100 mil rúpias, o equivalente a 6,9 mil reais para a luta contra o COVID-10
Foto: Comitê Paralímpico da Índia
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