O tenista escocês Andy Murray sugeriu que parte da premiação dos grandes torneios de tênis sejam encaminhadas para auxiliar os jogadores com ranking mais baixo ou aumentar a premiação de eventos menores.
Ciente de que os tenistas deverão passar por uma crise financeira, causada pela pandemia de coronavírus, o atual bicampeão olímpico da modalidade acredita que as premiações deveriam ter melhor utilização, em prol dos atletas e do esporte.
"Você pode ver cheques para o campeão de um Grand Slam em torno de US$ 4 milhões. Esse dinheiro deveria ser usado de uma forma melhor. Poderia ser melhor distribuído para tenistas que saíram em rodadas anteriores ou que participaram do qualificatório. Ou até mesmo para dar premiações maiores em eventos menores", declarou.
O ex-número 1 do mundo comentou ainda sobre a pandemia e a possibilidade de ter sido infectado.
"Fiquei um pouco doente, por dois ou três dias, há cerca de quatro semanas. Antes do início da quarentena eu meio que me isolei por um período", disse Murray.
"É muito difícil saber se você realmente teve coronavírus ou não. E obviamente naquele momento o teste devia ser exclusivo para pessoas que estão em estado mais graves ou que trabalham na linha de frente do NHS (o sistema de saúde da Grã Bretanha)", reiterou o tenista.
Murray falou ainda sobre a vontade de retornar ao circuito em Roland Garros, que foi reagendado para setembro e a relação disso com o controle da pandemia.
"Definitivamente, eu quero jogar no saibro. Mas estou meio cético quanto a isso. Imagino que o tênis será um dos últimos esportes a voltar a normalidade. Você tem jogadores, treinadores e equipes viajando por todo o mundo semana após semana. Ficaria surpreso se realmente voltarem em setembro", apontou Murray.
Foto: John Thys/AFP
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