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Assustada com a velocidade com que o Coronavírus se propagou, Deonise apoia o adiamento da Olimpíada para 2021



Deonise Fachinello é um das principais jogadoras de handebol do Brasil. Campeã mundial com a seleção feminina de handebol em 2020 e um dos pilares da equipe brasileira, que já está classificada em Tóquio, viu a escalada do coronavírus bem de perto. Jogando no Bourg de Peáge Drôme na França, ficou impressionada com a velocidade que o vírus atingiu o país:

"Foi impressionante a escala como isso se propagou. Foi uma questão de dias, depois de horas. Lembro que treinei, fui para minha casa, dormi e quando acordei a França, que é o país que eu jogo, estava fechando fronteiras e colocando o país inteiro em confinamento dentro de casa. Fiquei chocada e muito assustada, porque nunca tinha visto e vivido algo assim" Disse Deonise em entrevista ao surto olímpico.

Assim, como em todos os outros esportes, o impacto foi muito grande no handebol, ligas paradas e centros de treinamento fechados. E por ser um esporte coletivo, Deonise crê que o impacto da falta de treinamentos é maior ainda: "Precisamos estar diariamente juntas para treinar, pois dependemos muito uma da outra para treinar e evoluir em muitos aspectos dentro da quadra. E dentro de casa nossas possibilidades de treinos são muito inferiores em relação a que temos em quadra e na academia"

Deonise vem buscando manter os seus treinamentos em casa da forma que pode com treinos funcionais usando elástico e o peso do próprio corpo, além de treinos de mobilidade para quando tudo isso acabar não estão mal fisicamente. Mas acabou revelando um ponto positivo nessa quarentena forçada: "Isso tudo acabou se tornando um bom tempo para podermos nos recuperar de pequenas lesões que às vezes nós temos e quando estamos jogando a temporada, com treinos e jogos, nunca temos tempo de tratar essas lesões. Acho que muitos de nós atletas estão aproveitando esse tempo para isso"

Com o COI cada vez mais pressionado a adiar os jogos olímpicos para 2021, Deonise vê o adiamento como inevitável, embora entenda a dificuldade do comitê olímpico internacional em fazer isso: "É difícil, porque envolve muitas coisas, não estamos falando de um simples torneio, é uma olimpíada...é o maior evento do mundo, todos param para nos assistir e nós atletas nos preparamos durante quatro anos para estar lá...Mas a Olimpíada tem que ser adiada, por conta do risco que todos estamos correndo. Infelizmente " concluiu

foto: Wander Roberto/COB

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