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Velejador Jorge Zarif cai em exame antidoping e se põe em suspensão voluntária



O velejador Jorge Zarif anunciou que entrou em suspensão voluntária, por conta de um exame antidoping que deu resultado adverso para a substância Tamoxifeno em junho de 2019. O velejador alega em sua defesa que tomou o remédio para tratar de uma ginecomastia bilateral - aumento do tecido mamário  - e evitar uma cirurgia. 

Em nota, Zarif explica que a ginecomastia que lhe causavam dores e debilitavam seus movimentos e que está de posse de todos os documentos e históricos médicos que comprovam o quadro de ginecomastia bilateral, incluindo fotos, exames e recomendações de cirurgia por mais de um profissional da área médica.

Zarif ainda foi pego no exame antidoping um mês e meio depois de ter encerrado o tratamento, que evitou que ele operasse e ficasse dois meses parado. Mas tomar remédio proibido sem avisar a Wada o consumo da substância para fins médicos pode ser considerado negligência e Zarif por pegar a pena mínima de 1 ano, contada a partir da data do exame antidoping adverso.

Veja abaixo a declaração na íntegra de Zarif sobre o caso:

“Gostaria de esclarecer o ocorrido no Japão, e ressaltar que jamais fiz uso de uma substância proibida para obter qualquer vantagem indevida. Fiz uso do Tamoxifeno para tratar de uma condição médica que estava me deixando com dor e com os movimentos limitados.

Segundo os médicos e especialistas, o uso do Tamoxifeno não me renderia vantagem na prática do meu esporte ou em treinos regulares, até porque apenas utilizei o medicamento por 20 dias no mês de junho, bem antes da competição realizada em agosto no Japão. Estou aberto a todos os esclarecimentos e de posse de todos os documentos para provar que não agi de má fé ao fazer o uso do medicamento.

Ressalto que optei pelo uso do tamoxifeno porque a outra opção seria a cirurgia, que me obrigaria a ficar quase dois meses afastado, sem poder mexer meus braços, perto de duas competições importantes.

Sempre estive à disposição das autoridades antidopagem. Meu histórico esportivo, desde os 15 anos de idade servindo à Equipe Brasileira de Vela, demonstra isso. Por isso, de boa-fé, decidi pedir a suspensão esportiva para aguardar a decisão do caso, que já está sendo conduzido por meus advogados.''

 foto: Jesus Renedo/ Sailing energy

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