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Irã promete parar com política discriminatória contra Israel, afirma Thomas Bach


O Irã assegurou que irá parar com sua política discriminatória contra atletas de Israel e, por isso,
não será punido pelo COI. É o que disse o próprio presidente da entidade, Thomas Bach. As informações são do insidethegames.

Segundo Bach, o Comitê Olímpico do Irã (NOCIRI) enviou uma carta ao COI assegurando que o país não mais violará a Carta Olímpica com discriminações perante israelenses e prometeu, no futuro, "cumpri-la plenamente". O documento foi assinado pelo Ministro de Esportes Iraniano, Masoud Soltanifar, e pelo presidente do NOCIRI, Syed Reza Salehi Amiri. 

Em maio de 2019, o país islâmico assinou um acordo semelhante com a Federação Internacional de Judô (IJF), na qual prometeu encerrar com o boicote contra os atletas israelenses. Naquele ocasião, porém, a palavra iraniana não foi cumprida. 

Meses depois, no Campeonato Mundial de Judô, chefes iranianos ordenaram que Saeid Mollaei , na época atual campeão, perdesse a semifinal da categoria até 81 kg, propositalmente, para evitar um confronto com o israelense Sagi Muki, que levou o título na oportunidade.

Mollaei, então, desertou do Irã e partiu para a Alemanha em refúgio, até ser liberado pela IJF para competir pela Mongólia. A entidade baniu a Federação Iraniana de Judô de todas as competições internacionais.

Kimia Alizadeh, a única mulher medalhista olímpica do Irã, também desertou do país nesta semana depois de criticar a "hipocrisia, mentiras e injustiça do regime". Ela competirá pela Holanda.

A questão da exclusão da Federação Iraniana de Judô possivelmente será revista para Tóquio-2020, uma vez que Thomas Bach já entrou em contato com representantes da IJF para discutir a situação.

O presidente do COI, aliás, tem se tornado um grande parceiro das questões iranianas nos últimos tempos. Na última semana, por exemplo, ele agradeceu ao presidente do Irã, Hassan Rouhani, pelo apoio do país aos "princípios de neutralidade política no esporte", mesmo o governo iraniano mantendo ordens de boicote a israelenses. 

As relações entre Irã e Israel sempre foram tensas. Desde 1979, quando ocorreu sua Revolução Islâmica, o Irã se recusa a reconhecer Israel como um Estado legítimo. O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, já elogiou repetidamente os atletas que se recusaram a enfrentar adversários israelenses. 

Foto: Carlos Barría/REUTERS

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