A Rússia respondeu na terça-feira (9) por carta e dentro do prazo exigido às acusações da Agência Mundial Antidoping (WADA) sobre a suposta manipulação dos exames de doping do laboratório de Moscou.
"Em 8 de outubro foi enviada uma carta em nome da WADA em resposta às perguntas dirigidas ao ministério e à RUSADA (Agência Russa Antidoping) sobre a base de dados do laboratório antidoping de MoscoU", informou Pável Kolobkov, ministro do desporto, em comunicado.
O governante russo precisou que as respostas às 31 perguntas da WADA resultaram em quase 100 páginas e "foram preparadas por peritos russos no âmbito das tecnologias de informação".
"Os peritos deram resposta a todas e cada uma das perguntas. No fim de outubro deverá haver uma reunião em Lausanne com a participação de peritos e das partes implicadas. Estamos convencidos de que cumprimos com todas as exigências", reforçou.
Menos confiante, o diretor executivo da RUSADA assumiu, horas antes, esperar "restrições significativas" para todo o esporte russo, face à alegada adulteração dos dados entregues a WADA.
"O que é que a WADA vai fazer? Será rigorosa. É uma questão de reincidência, uma repetição, e com os mesmos métodos de sempre. Temos muito poucas hipóteses de sair ilesos, pois as mudanças na base de dados foram feitas à mão", disse à agência AP Yuri Ganus.
Entre outras coisas, a WADA deseja saber sobre a razão para vários dados terem sido aparentemente alterados, com evidências claras a serem apagadas seletivamente.
Se a WADA considerar que se trata de um novo esquema de encobrimento por parte da Rússia, em relação a dados que estavam sob custódia do Estado, as sanções podem vir a ser ainda mais pesadas.
O ministro do Esporte destacou a vontade de "continuar a cooperar" para que esta situação seja ultrapassada e não coloque em causa a participação da Rússia em Tóquio 2020.
Com informações de: Diário Record
Foto: REUTERS
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