O etíope Berehanu Tsegu, campeão da prova dos 10 000 metros nos Jogos Africanos Rabat 2019 foi suspenso provisoriamente pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU em inglês) após o resultado positivo em testes para a eritropoietina (EPO). Tsegu tinha apenas 19 anos quando venceu a prova em agosto deste ano em Marrocos.
Com o tempo de 27:56.81, Tsegu chegou em primeiro lugar, seguido por Aron Kifle, da Eritreia e pelo também etíope Jemal Yimer. Com essa punição, eles receberão respectivamente as medalhas de ouro e prata, enquanto o bronze vai para o queniano Edwin Soi que chegou em quarto lugar na prova.
O bom desempenho não ficou restrito aos Jogos Africanos. Na meia-maratona de Compenhague, Tsegu chegou em terceiro lugar, completando a prova em 59:22, sua melhor marca e a terceira vez no ano em que chega ao sub-2. O recorde mundial de 58:01 foi estabelecido também na Dinamarca, pelo corretor Geoffrey Kamworor.
Outros casos
Mas o caso de doping não é isolado dentro do contexto africano, mas pertence a uma série crescente de resultados positivos de atletas do continente. O detentor do recorde da Meia Maratona de Marrocos, Mustapha El Aziz, foi banido por quatro anos após testar positivo para EPO. A própria Federação Etíope de Atletismo lançou um grande programa educacional entre jovens atletas para alertá-los acerca dos perigos do doping.
O EPO é um hormônio produzido pelo rim que estimula a médula óssea a produzir glóbulos vermelhos (hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio na corrente sanguínea. Assim, a maior concentração desse hormônio significa maior produção de energia aeróbia, aprimorando a performance de ciclistas, corredores de longas distância e atletas de resistência. Apesar desse benefício aparente, o excesso de EPO pode provocar infarto e ataque cardíaco.
Foto: Watch Athletics
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