Robson Caetano espera ver no mundial de atletismo de 2019, que está sendo disputado em Doha (QAT), a tão sonhada quebra de seu recorde, que já dura 31 anos. Sim, ele quer ver sua marca sendo quebrada pela nova geração de velocistas que surgiu e vem encantando nas pistas. Em entrevista exclusiva ao Surto olímpico, realizada na inauguração da exposição do mascote Ginga nessa sexta (27) ele afirmou que passou da hora do recorde brasileiro e sul-americano dos 100m rasos, que é de 10 segundos cravados, deixe de ser dele:
"Para mim, ser recordista brasileiro e sul-americano dos 100 metros por tanto tempo me deixa até um pouco triste. Ah, sou feliz por ser o recordista? Não, eu acho que o recorde tem que ser batido, até porque essa marca foi referência durante muitos anos e agora os novos tempo estão aí. E eu estou louco para saber como vai se desenvolver esse campeonato mundial e a gente tem que torcer para que esses garotos corram abaixo de 10 segundos e virem os novos ídolos do atletismo." explicou Robson
Medalhista olímpico (bronze nos 200m em Seul e no revezamento 4x100m em Atlanta 96), Róbson fala que a quebra da barreira dos 10 segundos nunca esteve tão próxima e que mais outro recorde será quebrado em Doha: "Não sou nenhum mago, mas se tudo correr normalmente vai cair em 2019 e em 2020 teremos a manutenção da marca. E eu sou muito otimista e acredito que o recorde sul-americano dos 200m também caia nesse mundial (o recorde é de 19s81 feito pelo panamenho Alonso Edward no mundial de 2009). Os 100 metros depende muito do dia em que o atleta estiver.Nos 200 metros já é uma coisa mais orgânica e nos 100 é algo mais técnico e espero que essas marcas caiam no mundial."
Sobre o evento, Robson se diz honrado pelo convite do COB e pelo carinho que a entidade o trata e afirma que a entidade deveria investir em mais eventos com medalhistas olímpicos pelo Brasil: "O COB tem que lançar mão do material que tem. Temos medalhistas olímpicos pelo brasil inteiro e acho que isso é muito importante valorizar o que todos esses atletas fizeram. Claro que estar em um convite para estar nesse evento é legal, mas podem ser feitas muito mais ações junto desses atletas."
Muito assediado pelo público presente para fotos e autógrafos, Robson se mostra lisonjeado pelo carinho que as pessoas até hoje tem com ele: "Isso não se compra...Tudo que a gente angariou como atleta se reflete agora. E tem essa coisa carinhosa com as pessoas.A gente não pode negar uma foto, um abraço, um olhar, um oi, seria muito injusto com as pessoas que ficaram na televisão torcendo pela gente para conquistarmos as medalhas. E elas são a nossa referência de nossa realização no esporte." concluiu
foto: COB/Divulgação
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