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Voltando às competições internacionais após ser mãe, Silvânia Costa revela objetivos de ser Bi no Parapan e no mundial


Quando Silvânia Costa parou de competir para se dedicar a sua gravidez após os Jogos Rio 2016 - ela competiu sem saber que grávida de dois meses nas paralimpíadas  - ela poderia encerrar sua carreira se quisesse. Afinal, ela tinha sido campeã pan-americana, mundial, olímpica, sem contar os inúmeros recordes conquistados. Mas a saltadora de 32 anos,  voltou às competições e explicou em entrevista exclusiva concedida ao  Surto Olímpico em julho os motivos que a fizeram voltar:

"Depois que eu fui mãe novamente (Silvânia já tinha uma filha de 13 anos) , eu pensei: 'Poxa, eu não fiz cinquenta por cento do que eu poderia ter feito'. E por isso que eu resolvi voltar com todo o gás na pista, querendo fazer melhor do que eu fazia antes de parar por conta da gravidez. Apesar de tantos títulos e recordes brasileiros, mundiais, paralímpicos, eu sentia que precisava fazer mais do que eu já tinha feito." explicou

Silvânia, que tem uma enfermidade chamada doença de stargardt que faz sua visão regredir paulatinamente e inclusive tem um irmão, Ricardo Costa, que tem o mesmo problema e também é medalhista paralímpico, explicou as dificuldades da sua volta às pistas: "Não foi nada fácil, meus primeiros treinos foram muito sofridos. Cheguei até pensar em desistir, mas ao mesmo tempo eu encarava aquilo tudo com muita força porque esse era um objetivo que eu queria atingir e consegui voltar a competir com muito esforço e muita luta." disse Silvânia, que bateu em 2019 o recorde brasileiro do salto em distância da sua categoria, T11

Salto em distância, aliás será a prova principal dela até Tóquio 2020, embora ela concorde em disputar o revezamento 4x100m T11-T13 - onde foi prata no Rio de Janeiro - se necessário e se não coincidir com sua prova principal: "Corro os 100m e 200m, mas essas provas de velocidade da minha categoria acabam sempre batendo os horários com as provas do salto e então eu sempre priorizo a minha melhor prova. Garantindo a medalha de ouro no salto em distância em qualquer competição, logo depois eu estou à disposição da seleção para os revezamentos e para os 100m rasos, por exemplo. Se a seleção precisar de mim, eu vou fazer e dar o meu melhor, mas se não for preciso, meu objetivo é sempre o salto em distância. "

Os Jogos Parapan-Americanos de Lima serão a primeira competição internacional de Silvânia após a pausa para ter o segundo filho e ela admite que está bem ansiosa para voltar à competir internacionalmente: "Eu tô bastante ansiosa, o salto em distância em Lima vai uma prova forte, apesar de ser recordista brasileira e ser campeã em Toronto, essa vai ser minha primeira prova internacional depois do meu segundo filho, é um grande desafio,uma grande oportunidade para conseguir buscar o bicampeonato."


Com  índices conquistados até para Tóquio 2020, Silvânia comentou sobre como as competições de 2019 serão importantes para chegar nos jogos Paralímpicos da melhor maneira possível: "Esse ano é o primeiro passo para saber como o atleta está preparado para Tóquio. E pra mim tudo começa no Parapan, onde o atleta que quer estar em Tóquio tem que iniciar forte agora, depois ir para o mundial com mesma força. E dá aquele friozinho na barriga de disputar um Parapan, um Mundial, mas tenho a plena certeza de que eu vou entrar forte nessas duas competições e conseguir um bom resultado" concluiu.


fotos: Alê Cabral/CPB

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