O Coordenador do Governo Japonês para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Takeo Hirata, assinou um artigo no jornal The Japan Times em que atualiza o público no esforço dos organizadores em combater o calor extremo durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do ano que vem.
"Desde meu retorno da Argentina [onde Tóquio foi escolhida a sede dos Jogos, em 2013], fui chamado pelo Gabinete do Primeiro Ministro para liderar os preparativos para os Jogos. Inicialmente, minha preocupação principal era o calor forte no verão de Tóquio e a umidade que isso impactaria em todos os participantes - atletas, equipe e espectadores"” revelou.
No artigo, Hirata explica que as três questões iniciais eram: 1- como a tecnologia poderia ajudar a diminuir o calor e a umidade? 2- Que tipo de informação metereológica precisa estar pronta e acessível aos visitantes estrangeiros?; 3- O que precisamos fazer para garantir o atendimento a pessoas com necessidades especiais?
Hirata responde então que a primeira questão levou ao pavimento de uma parte das ruas onde acontecerão as maratonas com uma cobertura especial que reflete raios infra-vermelhos. Testes com maratonistas olímpicos e cadeirantes mostraram que essas partes eram 10% menos quentes do que as outras e levaram ao Comitê olímpico a receberem a cobertura em todo o trajeto.
Outros esforços mencionados foram a interrupção dos cortes das árvores neste trajeto para garantir sombra aos espectadores e o pedido para que alguns prédios mantenham os ar-condicionados ligados e as portas abertas durante os eventos.
Já os 40 milhões de turistas esperados em 2020 estão sendo avisados constantemente desde 2016 a respeito do calor intenso no Japão durante a competição e folhetos explicam o que fazer para prevenir doenças e o que fazer quando sintomas da “doença do calor” surgirem. Além disso, desde março deste ano foi lançada uma lista de aproximadamente 1.600 hospitais e clínicas onde visitantes estrangeiros podem receber tratamento em suas línguas nativas e ela será constantemente atualizada.
O uso de informações de emergências e alertas de calor em várias línguas pelos telefones celulares será outra arma, segundo Hirata que ainda apontou monitoramento em tempo real da temperatura na superfície do asfalto, aproveitando da tecnologia japonesa, com informações sendo repassadas assim que disponível às equipes de atletismo e de medicina.
Atacando a terceira demanda, pessoas de necessidades especiais e outras desabilidades estão no pensamento dos organizadores, informou Hirata, lembrando que cadeirantes estão mais perto do chão e tem temperaturas corporais cerca de 2 graus acima de pessoas que estão em pé. Um sistema de emergência dedicado a pessoas com problemas em fala e audição está sendo desenvolvido com base no sistema touch screen.
Fotos: Tóquio 2020; Kimimasa Mayama / Reuters
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