A torcida húngara protagonizou uma grande festa hoje no Centro de Conferências Syma Sport, em Budapeste, com o título mundial inesperado de Siklósi Gergely na espada masculina, que repetindo o dia iluminado de Nathalie Moellhousen ontem, entrou como 45º do mundo e em grande campanha saiu como quarto melhor ranqueado. No florete feminino, Irina Deriglazova (RUS) sagrou-se tri-campeã mundial e a brasileira Ana Beatriz Bulcão perdeu por 15/10 para a japonesa Asuma Sera na chave de 64, terminando em 55º lugar.
O público que tem sido comparado ao das Olimpíadas do Rio por sua participação durante os embates sem precedentes em Campeonatos Mundiais de Esgrima, empurrou o jovem de 21 anos em para o título. Sua campanha nesta sexta-feira começou com vitória sobre o venezuelano Francisco Limardo por 15/10. Em seguida veio uma zebra: 10/9 sobre o sul-coreano e campeão olímpico Park Sang-young; mesmo placar do triunfo sobre Yamada Masaru, nas oitavas-de-final. Seguiram-se, então, duas vitórias um tanto tranquilas: contra o holandês Bas Verwijlen nas quartas (15-8) e o italiano Andrea Santarelli na semi (15/9).
Na final, parecia que a Hungria caminhava para o sua segunda prata no mundial, depois do vice-campeonato de Szatmári András. Porém, apoiado pelos espectadores em um ambiente ensurdecedor, o jovem de 21 anos conseguiu reverter o placar de 11-13 para 14-13 faltando vinte segundos para o fim da disputa. Por fim, o único toque duplo do combate levou ao 15-14 e ao título mundial para Siklósi – o húngaro é uma das raras línguas ocidentais em que o sobrenome vem antes do nome.
Já no florete feminino, Irina Deriglazova deixou claro porque é o grande nome da modalidade: A campeã olímpica e agora tricampeã mundial (2015, 2017, 2019). Vitórias diante de Maria Boldor (ROU, 15/4) Hong Hyo Jin (KOR, 15/11), Jessica Zi Jia Guo (CAN, 15/8) e Adelina Zagidullina (RUS, 15/3) a levaram, quase que tranquilamente, para a semifinal, onde estava preparada a cena para um grande clássico do florete: Irina x Elisa di Francisca, 36 anos, atual vice-campeã olímpica e campeã olímpica de Londres, além de campeã mundial em 2010, praticamente uma final antecipada. Vitória apertada para Irina (15/13) e, justamente, um combate mais tranquilo na final, diante da francesa Pauline Revier, com placar final de 15/8. A outra medalha de bronze foi para a italiana Arianna Errigo, campeã mundial em 2013 e 2014, e vice em Londres-2012.
Foto: FIE
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