O ciclista brasileiro Lauro Chaman conquistou a medalha de bronze da
prova Omnium, categoria MC5, no Mundial de Paraciclismo de Pista,
disputado em Apeldoorn, na Holanda. Neste domingo (17.03), Lauro subiu
ao pódio pela segunda vez em Mundiais de Pista - ele havia sido campeão mundial da prova Scratch no Rio de Janeiro, em 2018. Em 2017, em Pietermaritzburg, na África do Sul, Lauro venceu o Mundial de Paraciclismo de Estrada e chegou em terceiro na prova de contrarrelógio.
A competição em Apeldoorn serviu como prévia das provas de pista dos
Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, pois os maiores nomes da modalidade
estiveram presentes. Em 2019, a União Ciclística Internacional (UCI)
apresentou um novo programa de competição para o Mundial, que
proporcionou grandes disputas em todas as categorias.
Entre as mudanças, a mais marcante foi a inclusão da prova Omnium,
que contemplou quatro corridas (velocidade individual, 500m/1km
contrarrelógio, perseguição individual e Scratch). O vencedor da Omnium é
o atleta que somar o maior número de pontos entre as quatro corridas.
Diferente do Ciclismo Olímpico, as corridas da Omnium no Paraciclismo
também valeram título mundial individualmente.
A Scratch fechou a competição do domingo. Motivado, Lauro entrou no
velódromo para brigar por duas medalhas simultaneamente. O brasileiro,
ao mesmo tempo que defendia o título mundial da Scratch, brigava pelo
pódio geral da Omnium. Após 15km (60 voltas), Lauro conquistou a sexta
posição na Scratch da categoria MC5, vencida pelo australiano Alistair
Donohoe. O brasileiro Soelito Gohr finalizou na 9ª colocação na Scratch.
Com o resultado, Lauro Chaman somou 34 pontos na classificação da
Omnium, pontuação suficiente para contabilizar 136 pontos no geral e
garantir a medalha de bronze, terminando empatado com ucraniano Yehor
Dementyev, medalha de prata. O ouro ficou com o britânico Jonathan
Gildea com 140 pontos. Soelito Gohr finalizou com a 9ª colocação na
Omnium.
"Foi um Mundial mais dinâmico, com mais provas. Tentamos aproveitar o
máximo dentro da pista. Sabíamos as dificuldades que enfrentaríamos,
infelizmente não foi possível manter o título com o Brasil, mas termino a
minha participação satisfeito e muito feliz por ter conseguido marcar
pontos importantes na corrida para Tóquio 2020. Aproveito o momento para
agradecer a Confederação mais uma vez pela oportunidade, toda a
comissão técnica e companheiros de Seleção, e o Comitê Paralímpico
Brasileiro pelo apoio de sempre", declarou Lauro.
Outras provas
O Brasil ainda disputou as provas de Velocidade com Marcia Fanhani e
Cristiane Silva (piloto), que chegaram na 14ª posição; e a Velocidade
por Equipes (Carlos Alberto, Soelito Gohr e Lauro Chaman), com o 13º
lugar.
"Conseguimos evoluir em alguns aspectos, precisamos corrigir outros.
Agora é seguir trabalhando forte já pensando nos próximos objetivos que
serão os Jogos Parapan-Americanos de Lima, o Mundial de Paraciclismo de
Estrada e as etapas da Copa do Mundo", destacou Edilson Rocha Tubiba,
coordenador do paraciclismo na Confederação Brasileira de Ciclismo
(CBC).
Foto; UCI
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