A equipe de curling "Garlic Girls" da Coreia do Sul foi explorada por seus treinadores que roubaram dezenas de milhares de dólares em prêmios das medalhistas olímpicos, informou o ministério do esporte nesta quinta-feira.
As curlers, que vêm de uma cidade famosa pela plantação de alho, estavam fora da zona de classificação pros Jogos Pyeongchang da Coréia do Sul no ano passado, mas se tornaram uma sensação da mídia ao chegarem à prata olímpica.
Mas em novembro do ano passado passado elas acusaram publicamente seus treinadores de abuso verbal e controle intrusivo e alegaram que não receberam o prêmio em dinheiro de competições anteriores, provocando indignação pública e uma investigação do Ministério do Esporte.
A equipe alegou que os treinadores faziam do curling coreano um feudo familiar: o marido de seu treinador, Kim Min-jung, é ex-técnico da seleção masculina, enquanto seu pai, Kim Kyung-doo, é ex-vice-presidente do curling coreano.
Após uma investigação de cinco semanas, o ministério do esporte disse na quinta-feira que as alegações feitas pelas atletas eram verdadeiras.
"Foi confirmado que havia um controle excessivo sobre a privacidade dos treinadores ... que criticavam fortemente os atletas se eles conversassem com seus treinadores anteriores ou atletas de outras equipes", disse o ministério, acrescentando que os treinadores censuraram presentes e cartas de fãs.
Os curlers não foram pagos corretamente, já que os treinadores haviam "administrado mal" cerca de 94 milhões de won da receita da equipe.
Os treinadores também se desfizeram de cerca de 30 milhões de won, de acordo com o ministério.
A investigação também descobriu que os técnicos evadiram impostos e contrataram membros da família sem qualificação para trabalhar na equipe nacional.
O ministério disse que o caso será levado à polícia.
O feito das atletas nas Olimpíadas elevou o patamar do curling na Coreia do Sul.
Foto:AFP
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