A natação brasileira levará suas maiores delegações deste ciclo para o Campeonato Mundial em piscina longa (50m) de Gwangju, na Coreia do Sul, em julho, e os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, logo em seguida, em agosto.
A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e o COB (Comitê Olímpico do Brasil) definiram que o contingente para o Mundial na Ásia será de 24 nadadores. Para o torneio continental, serão 36 competidores, formado pelos atletas que competiram na Coreia e complementada com outros que cumprirem critérios na seletiva única para os dois eventos: o Troféu Brasil/Maria Lenk que ocorrerá de 16 a 21 de abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio.
Independentemente dos classificados, serão as duas maiores chamadas de atletas desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando a seleção brasileira teve 33 nadadores. No Mundial em piscina longa de Budapeste, em 2017, apenas 16 atletas foram convocados. Mesmo número do Pan-Pacífico de Tóquio, em agosto do ano passado. Falta de verbas e a queda da antiga gestão liderada por Coaracy Nunes foram os fatores para o enxugamento nas equipes nacionais.
Agora, porém, a menos de um ano e meio para a Olimpíada de Tóquio, tanto o COB quanto a CBDA acreditam que se faz necessário levar uma quantidade maior de nadadores para os principais eventos do ano pré-olímpico. A natação tem alguns candidatos a medalha em Tóquio-2020, como os revezamentos 4x100m e 4x200m livre masculino e Bruno Fratus, nos 50m livre. O Brasil ficou sem medalha nas piscinas nos Jogos do Rio 2016.
No caso da definição dos atletas para o Mundial de Gwangju (de 21 a 28 de julho), ficarão elegíveis os dois primeiros colocados de cada prova. Mas o corte será feito pelas melhores marcas perante o ranking mundial. E, aí, os 24 melhores dentro desses critérios se classificam. Além disso, não há divisão entre gêneros. Ou seja, a equipe poderia ter, eventualmente, 20 homens e apenas quatro mulheres - no Pan-Pacífico de 2018, foram apenas duas mulheres entre 16 convocados.
Da equipe que vai a Gwangju, a CBDA e o COB esperam que a quase totalidade também vá para o Pan de Lima. A diferença que é haverá um complemento para se alcançar 36 vagas, aí sim com uma igualdade na participação entre gêneros - alguns nadadores se juntarão aos que vierem da Coreia do Sul e se encontrarão em Lima. Está definido que o time terá 18 homens e 18 mulheres.
O grupo dos Jogos Pan-Americanos será maior que o do Mundial porque todos os custos são cobertos pelo COB. No Pan de Toronto, em 2015, o país teve 35 representantes. Resta definir se o grupo que vai à Coreia do Sul voltará ao Brasil antes da participação no Pan ou se seguirá diretamente para Lima. O intervalo entre as duas competições será de apenas oito dias.
foto: Sátiro Sodré/SS press/ CBDA
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