Por Bruno Guedes
Natação
Terminou
no domingo o Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta, em
Hangzhou, na China. E como de praxe, os Estados Unidos venceram a
competição com um total de 36 medalhas, sendo 17 de ouro, 15 de prata e 4
de bronze. A modalidade, assim como o Atletismo, é um dos carros chefes
do país nos esportes olímpicos. Rússia e Hungria completaram as duas
outras primeiras posições, respectivamente.
Com
uma equipe bastante forte, ainda que jovem, os americanos dominaram as
principais provas. Entre elas os revezamentos, uma das grandes atrações
durante as provas da Natação. No masculino, venceram 3 das 5 provas. Já
no feminino, levaram 6 ouros em 7 disputas, sendo uma prata. Um poderio e
tanto já no auge do ciclo olímpico.
O
grande destaque entre os homens foi Caeleb Dressel, de 22 anos e que já
levou duas medalhas douradas no Rio em 2016, que desta vez levou 6
ouros e duas pratas. Desse total, apenas 3 foram individuais (ouro no
100m livre e prata nos 100m borboleta e 50m livre). No feminino, aos 24
anos, Olivia Smoliga subiu oito vezes no topo do pódio. Ouro na
Olimpíada passada no 4x100m medley, agora foram seis em revezamentos.
A
imprensa americana destacou o desempenho com otimismo, mas referendou
que a equipe ainda sofrerá mudanças com a seleção final até o começo de
2020. E projeta seletivas internas fortíssimas. Faltando menos de 19
meses para Tóquio, Galvão Bueno diria: Lá vem eles de novo...
País
que foi abalado pelo esquema de doping há quatro anos, a Rússia
conseguiu o vice-campeonato do quadro de medalhas. Foram 14 no total,
sendo 6 ouros, 5 pratas e 3 bronzes. Mesmo tendo menos da metade do
rival histórico, é um conforto e tanto para a ex-potência. Das douradas,
foram 5 provas individuais com 4 nadadores diferentes. O que mostra a
tentativa de buscar novos nomes e figuras.
Bem
diferente da terceira colocada, a Hungria. Foram 5 medalhas, sendo 4 de
ouro e uma prata. Todas da lenda Katinka Hosszú, a Dama de Ferro.
Atualmente Katinka não é mais apenas uma atleta, mas uma grife. Assim
como um dia foram tantos outros, ela é uma das atrações para o público
nos Jogos Olímpicos.
Lembrando
que já foram definidos os horários das provas para as Olimpíadas. Isso
tudo visando justamente essa atração à parte de uma das modalidades
nobres do esporte. As eliminatórias ocorrerão às 7h e 9h30, horário de
Brasília. Já as finais na parte da noite no Brasil, às 22h30 e às 0h30.
Hóquei na Grama
Xô,
zica! Após ser vice nas Olimpíadas e vice no Europeu, a Bélgica
conseguiu conquistar a Copa do Mundo de Hóquei na Grama Masculino,
realizada em Bhubaneswar, na Índia. Sofrido e com sabor de revanche. A
vitória sobre a fortíssima Holanda aconteceu apenas no shootout e com
decisões polêmicas de revisões de lances pelo árbitro de vídeo. As duas
seleções já tinham feito a decisão do Europeu, em 2017.
Mas
o título dos Red Lions, como são chamados os belgas, consolida o ótimo
trabalho que o país vem fazendo já há algum tempo. Nas Olimpíadas do Rio
tiveram um desempenho muito acima do esperado e perderam a final nos
detalhes, contra uma Argentina mais decisiva e madura. Desta vez o filme
parecia se repetir, mas nem sempre o roteiro dura pra sempre.
Com
a taça, a equipe foi recebida pelo Rei Filipe e Rainha consorte da
Bélgica na última terça-feira, dia 18. Além da demonstração de respeito
pelo esporte, tal fato mostra a importância que o hóquei tem na região.
Vale lembrar que o país faz fronteira com outras potências da
modalidade, como Alemanha, França, Inglaterra (marítima) e a sua grande
rival Holanda.
Os
holandeses, aliás, devem lamentar a derrota porém por pouco tempo. O
técnico Max Caldas, argentino que foi bicampeão olímpico com a seleção
feminina local e campeão mundial em 2006 com a Geração de Ouro, faz um
grande trabalho à frente do masculino.
Max
já é morador do país há quase duas décadas e tem uma importantíssima
contribuição nessa volta da Holanda ao topo do hóquei após anos fora
dele. O ciclo olímpico, que já conta com o título europeu de 2017, é
muito bom. Certamente chegará Tóquio 2020 como uma das favoritas.
O
bronze ficou com a Austrália, outra seleção que vem recuperando a sua
força durante este ciclo olímpico. O país é tricampeão da competição e
quem mais vezes subiu ao pódio, 10 no total.
A
decepção, assim como no Mundial feminino, ficou por conta da Argentina.
Uma das favoritas, caiu diante da Inglaterra e segue a sua sina de ter
conseguido apenas um terceiro lugar em Copas do Mundo. Curiosamente,
vive um caso diferente das Leonas. Enquanto o masculino tem um ouro
olímpico e nenhum mundial, as mulheres são o inverso: são bicampeãs
mundiais, mas carregam o peso da falta do ouro em Olimpíadas...
foto: Getty Images

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