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Recém aposentada das piscinas, Joanna Maranhão pede a nova geração de nadadoras: "Quebrem meus recordes"

Joanna Maranhão agora é uma ex-nadadora. Dona do melhor resultado de uma nadadora brasileira em Jogos olímpicos ao lado de Piedade Coutinho (quinto lugar), Joanna anunciou o fim de sua carreira nas piscinas em entrevista ao globoesporte.com na última sexta-feira (27):

"Competitivamente, deu. Sem dúvidas o momento mais difícil da carreira de um atleta de alto rendimento é dizer "não sou mais". A vida normal vai começar para mim." explicou

Além do quinto lugar conquistado em Atenas 2004, Joanna esteve em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, a nadadora brasileira com mais participações olímpicas. Levou oito medalhas nos quatro Jogos Pan-Americanos de que participou. Ao longo da carreira, bateu 40 recordes brasileiros em piscina longa (50m) e curta (25m), e ainda mantém 11 deles sob seu nome. Versátil, ainda detém sete marcas sul-americanas nos estilos borboleta, costas e medley.

Na entrevista, Joanna revelou que um trauma recente acabou pesando na decisão de encerrar a carreira: "Algumas semanas atrás eu tive o resultado que estava grávida. E quando você vê aquele positivo, você se sente mãe. Seu corpo passa a ser morada e eu sempre coloquei meu corpo à disposição de um resultado, de um propósito e agora para uma vida. Infelizmente, eu perdi o bebê com uma semana, espontaneamente. Foi uma dor muito profunda, com a qual tenho aprendido a lidar e a me reconstruir. De repente, ser mãe se tornou mais importante que estar em Tóquio. Não é que não dá para ir para Tóquio. É que há coisas mais importantes do que ir para Tóquio hoje.  "

Fora das piscinas Joanna pretende atuar em áreas que sempre defendeu em sua carreira: O combate ao abuso sexual do qual disse ter sido vítima na infância, e que revelou em 2008, o empoderamento e defesa das mulheres e a evolução da natação feminina do país. Joanna também se manterá à frente de sua ONG, a Infância Livre, que roda o Brasil para dar palestras a jovens sobre abuso sexual: "Tudo ainda é muito novo. Existe um leque de coisas que quero fazer. Quero abraçar o mundo. Tem esse lado social que é muito forte em mim"

Outro objetivo é se manter ativa com projetos de natação de alto rendimento. Joanna pretende, por exemplo, trabalhar em entidades em duas frentes: formação de atletas e popularização do esporte. Segundo ela, a natação ainda é um esporte "extremamente elitizado:

"O que posso falar para as meninas que vão ficar é que destruam todos o recordes que estão em meu nome. Se sou digna de alguma homenagem, que elas superem todos os meus recordes. Que o quinto lugar de Atenas seja uma lembrança na minha memória e que eu possa assistir pela TV à natação feminina conquistar a primeira medalha olímpica" concluiu Joanna


foto: Satiro Sodré/ SS Press
com informações de globoesporte.com




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