Após uma boa participação no Aberto da Coreia do Sul, o brasileiro Hugo
Calderano, número 10 do mundo, já emenda um novo desafio a partir da
madrugada desta quarta-feira (25). E, novamente, em alto nível: o Aberto
da Austrália, em Geelong, competição nível platinum do Circuito
Mundial, equivalente ao Grand Slam do tênis de mesa, assim como era a
disputa na Península Coreana. Será o penúltimo torneio deste nível antes
das finais do Circuito, que estão marcadas para dezembro.
A primeira disputa será no torneio de duplas, ao lado do francês Simon
Gauzy (11º do ranking mundial individual). A estreia será contra a
parceria dos neozelandeses Dean Shu e Nathan Xu, às 5h40 (de Brasília),
pela fase preliminar. O primeiro jogo no individual deve acontecer na
quarta ou quinta, com o brasileiro sendo um dos cabeças de chave da
competição.
A boa atuação no Aberto da Coreia do Sul, em Daejeon, quando foi
eliminado nas quartas de final pelo chinês Lin Gaoyuan (3º no ranking
mundial), credencia Calderano a ser um dos principais postulantes a uma
boa colocação em Geelong. Ele foi o único não-asiático a chegar entre os
oito melhores e somente um dos Top-10 mundiais que participaram da
disputa na Coreia do Sul teve classificação melhor que o brasileiro
(justamente o chinês Gaoyuan).
A postura de Calderano surpreendeu até mesmo o seu técnico, Jean-René
Mounie, que ressaltou o fato de o atleta estar voltando de um período de
dez dias de férias.
“O desempenho do Hugo na Coreia foi muito bom. É raro alcançar as
quartas sem perder nenhum set. Estou surpreso de ver como ele voltou
após um pequeno intervalo. Fez um bom jogo contra o terceiro do mundo,
mas infelizmente não conseguiu manter o nível a partir do quinto set.
Ele não jogou o seu melhor nas quartas e mesmo assim dava para competir,
terminando a competição novamente entre os oito melhores, mostrando
muita regularidade”, analisou o técnico.
Para a competição na Austrália, Mounie demonstra cautela. Prefere não
traçar objetivos em relação a uma classificação, mas sabe que o
brasileiro pode fazer uma boa participação novamente.
“Em relação aos Abertos, como sempre, não temos uma meta precisa. Mas o Hugo vai dar o melhor”, garante.
Foto: ITTF
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