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Bob Burnquist fala das expectativas do skate para Tóquio 2020 e afirma: "Todos os nossos skatistas vão com potencial de medalha"

Bob Burnquist é uma lenda do skate e sua fama por tudo que conquistou fica evidente quando ele esteve presente no Prêmio Brasil olímpico, com skate a tiracolo, e sendo abordado por vários atletas que queriam tirar uma foto com ele: "Isso é muito legal e isso mostra o skate já vem com uma energia e uma torcida muito boa de todos. Eu fico muito feliz, porque muitos são atletas incríveis em suas modalidades que vem falar comigo,e agora a gente parte dessa grande família, que é a família do esporte." disse um lisonjeado Bob em entrevista exclusiva ao surto olímpico.

Bob falou também da expectativa que o skate tem entre os novos esportes que irão estrear em Tóquio, já que somos celeiros dos melhores skatistas do mundo: "O skate brasileiro sempre bons resultados, pra você ver, eu fui campeão mundial pela primeira vez em 2000 e depois de mim vieram muitos skatistas brilhando pelo mundo e hoje temos um potencial tanto de park quanto de street, feminino e masculino, todos com grande potencial de medalha olímpica. Todos andando muito bem em competições internacionais. Mas a expectativa inicial é que eles se deem bem nesse ciclo, que não se machuquem e que evoluam no skate e representem o Brasil nas olimpíadas como sempre representaram nas outras competições. " disse Bob, que revelou uma pequena 'dificuldade' que vem tendo com o skate como esporte olímpico

"Até o termo atleta, eu ainda tenho dificuldade de usar, porque ser skatista é um estilo de vida. E o skate, a gente não treina, a gente vive o skate.Vivemos um momento novo, mas vamos trabalhar isso, fazer a estratégia olímpica e aproveitar esse momento para construir mais pistas, programas de inclusão do skate, enfim vejo esta como a grande oportunidade de a gente expandir o skate para o maior número de pessoas possível."

Bob falou também do período de instabilidade que o skate brasileiro passou quando a CBSk não foi confirmada como representante legal do esporte no país pelo COB, que no início de 2017 chegou a nomear a CBHP (confederação Brasileira de hóquei e patins) como a representante : "A gente não tava organizado. Quando ficamos sabendo dessa oportunidade da entrada do skate olímpico, ainda ficou um ponto de interrogação porque a Confederação Brasileira de Skate não era a representante do skate olímpico. Isso gerou uma certa instabilidade e as pessoas não iriam competir pois não iriam representar o skate da maneira correta. Então, a gente entrando com a Confederação Brasileira de Skate, com isso sendo oficializado, podendo reger as suas regras, trabalhar o seu circuito, entramos todos em um entendimento melhor em prol do skate nacional"

Perguntado se o skate terá um bom encaixe com o que representa os Jogos olímpicos, dando um ar mais jovial aos jogos, Burnquist concordou: " Eu acho que o skate cabe muito bem nos Jogos olímpicos. Eu sempre na minha carreira era perguntado sobre o que achava do skate nas olimpíadas, Mas eu achava que o esporte ainda não estava preparado. Era um momento que a gente não sentia que estava pronto para isso. Agora a gente sabe que o skate pode agregar muito para olimpíada e usar a olimpíada como plataforma para mostrar nossa mensagem para todo o mundo. "

Bob também falou sobre a vida de dirigente, que não teve muitas mudanças, além do aumento de reuniões e vezes em que tem que usar terno: "Aumentou a minha camada de obrigações. Continuo andando de skate, continuo tendo uma visão competitiva, uma visão de criação e evolução na minha atividade. Eu montei uma equipe ótima, muito bem qualificada, que tem o Sandro Dias (skatista campeão mundial no halfpipe) para me ajudar, o que me deu um alívio, pois ser presidente da CBSk é uma grande responsabilidade que tenho que carregar. Essa equipe que tenho à minha volta faz com que minha vida de dirigente seja mais fácil, mas não deixa ter bastante responsabilidade e bastante decisões a serem tomadas"


foto: Vanessa Rodrigues/ AT

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