Começa neste sábado(10) às 18 horas a primeira chamada para a etapa de Gold Coast da Liga Mundial de Surfe. De figurante a protagonista, o surfe brasileiro inicia o Circuito Mundial deste ano com boas perspectivas. Serão onze atletas do país na elite, maior contingente nacional de 2018. Esta, inclusive, é a primeira vez que a Austrália é superada em quantidade de surfistas no Circuito Mundial, criado em 1992.
Os brasileiros terão como principal adversário o havaiano John John Florence. Campeão nos dois últimos anos, ele tentará o tri. Florence e Gabriel Medina travam intensa rivalidade desde as competições de base. Em 2017, os dois brigaram etapa a etapa pelo título da temporada. Ao final do ano, quem sorriu foi o havaiano, que sacramentou o título com um vice-campeonato em Pipeline.
"Eu acho que eu e o Gabriel teremos uma grande rivalidade por um longo período. O Gabriel sempre será um candidato ao título. Ele é um grande competidor, que puxa o meu nível e me faz dar o meu melhor. Eu acho que ele não fica nervoso de me enfrentar em uma bateria (risos). Eu fico nervoso, dá medo, mas, ao mesmo tempo é sempre divertido, então, é legal" disse John John.
Principal nome da chamada "Brazilian Storm", como é conhecida a nova geração brasileira, Gabriel Medina fez 24 anos em dezembro. Mais maduro, ele estreou no Circuito Mundial com apenas 14 anos. Sobre a rivalidade com John John, o paulista diz gostar do enredo.
"É muito legal fazer parte dessa rivalidade. Eu acho que todos os esportes têm que ter isso. Acho que deixa o público atencioso, quer assistir, quer ver essa briga de país, de surfe, enfim... E eu acho que é saudável. Eu acho que isso só ajuda a melhorar o esporte. Isso é muito bom pra mim, porque eu sempre tento buscar o meu melhor. Sempre tento melhorar" disse Gabriel.
Dos onze brasileiros na elite deste ano, seis deles já estavam no CT em 2017: Adriano de Souza, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Caio Ibelli, Ian Gouveia, além de Gabriel Medina. Juntaram-se ao grupo os recém promovidos via WQS (divisão de acesso) Jessé Mendes, Tomas Hermes, Yago Dora, Willian Cardoso e Michael Rodrigues.
A Austrália tinha doze integrantes na elite em 2017, mas cinco perderam suas vagas e só um se classificou pelo QS, ficando oito para esse ano. No entanto, o tricampeão mundial Mick Fanning anunciou que só vai competir nas duas primeiras etapas na Austrália: Gold Coast e Bells Beach. Depois, ele encerra sua carreira no Circuito Mundial, e o time australiano ficará reduzido a sete surfistas. Com isso, a África do Sul passa a ter dois, pois Michael February ocupará o lugar de Fanning no restante da temporada.
Gold Coast, cuja janela vai até o dia 22 de março, será a primeira dentre as onze etapas do Circuito Mundial 2018. Na sequência, o tour passa por Bells Beach (28 de março a 8 de abril) e Margaret River (11 a 22 de abril), fechando a chamada Perna Australiana.
foto: WSL/ Cestari
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