O Mundial de Paraciclismo de Pista Rio 2018 vai ganhando corpo, com os primeiros treinos não-oficiais no Velódromo do Parque Olímpico da Barra,
que receberá a competição de 22 a 25 de março. Os treinos oficiais serão
realizados nos dias 20 e 21 (programação de treinos ao final do texto). As
equipes da Rússia, Argentina, Espanha e Brasil montaram as bicicletas de treino
e competição e já tiveram a oportunidade de testar a pista onde vão buscar um
lugar no pódio.
“Esse primeiro treino foi mais uma soltura. Os atletas chegaram
ao Rio nesta quinta e por isso foi importante fazer uma atividade pra já
começar a ir se habituando com a arena, a pista e o clima”, disse Romolo
Lazzaretti, coordenador técnico da seleção brasileira.
Entre os grandes nomes que já estão se habituando à competição
estão o brasileiro Lauro Chaman (C5), duas medalhas paralímpicas e três no
último Mundial; os argentinos Rodrigo Fernando Lopez (C1), bronze 1km Time
Trial no Mundial 16, e Mariela Analia Delgado (C5), bronze no Scratch no
Mundial 16; os russos Alexsey Obydennov (C3), prata e bronze em Mundiais, e
Sergei Batukov (C3), bronze no 1km Time Trial no Mundial 16; e os espanhóis
Eduardo Santas Asensio (C3), prata nos Jogos Rio 2016 no 1km Time Trial;
Alfonso Cabello Llamas (C5), ouro nos Jogos Rio 2016 no 1km Time Trial; e a
dupla Ignacio Avila Rodriguez e Joan Font Bertoli, do Tandem, campeões da
Perseguição Individual do último Mundial.
“A verdade é que só de entrar na pista já me arrepiei todo.
Recordar o que vivi nos Jogos do Rio é espetacular. Queremos voltar a estar no
pódio, se possível no lugar mais alto, e repetir o que fizemos em outros
Mundiais.”, disse Font Bertoli. “No último Mundial faltaram alguns países e
aqui no Rio o nível vai estar muito alto. Temos muita vontade de saber se com
todos os principais rivais em ação somos capazes de estar nos primeiros
lugares”, completou Avila Rodriguez.
O Mundial do Rio, o primeiro da modalidade a ser disputado no Brasil, ganha
ainda mais importância por ser a primeira grande competição a contar pontos
para o ranking que selecionará os participantes dos Jogos Paralímpicos Tóquio
2020. O Paraciclismo é o terceiro esporte no ranking dos que mais dão medalhas
em Jogos Paralímpicos, atrás apenas do Atletismo e da Natação. O Mundial é
composto por três provas em cada umas das categorias – Tandem (para cegos), C1,
C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências físico-motoras e amputados)
tanto no masculino quanto no feminino. Além disso, há uma prova de Sprint com
equipes mistas.
As maiores delegações no Mundial são também dos países com mais tradição no
paraciclismo: Grã-Bretanha (22 competidores), Estados Unidos (18), Austrália
(16), Rússia (14), Irlanda (13), China (12) e Espanha (12). Brasil (11),
Malásia (10), Argentina (09), Holanda (09) e Nova Zelândia (09) fecham o top
10. Ao todo, contando com os pilotos da classe tandem que não possuem
deficiência, serão quase 240 competidores de 30 países nos quatro dias de
disputas.
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