O Brasil estará bem representado no Mundial de Paraciclismo de Pista Rio
 2018, que será disputado entre os dias 22 e 25 de março, no Velódromo 
do Parque Olímpico da Barra, zona oeste da Cidade Maravilhosa. 
Além de 
um crescimento técnico da equipe que passou uma temporada no interior de
 São Paulo treinando e fazendo avaliações, a equipe será a maior 
delegação do Brasil na história de um Mundial da categoria, com nove 
paratletas e dois pilotos da categoria tandem (que não possuem 
deficiência). 
O Brasil contará com referências no paraciclismo como o 
medalhista paralímpico Lauro Chaman e o campeão parapan-americano 
Soelito Gohr.
"Estamos muito animados. A equipe está bem equilibrada e esperamos 
fazer um grande evento para a nossa torcida. Vamos ter pilotos 
profissionais com experiência em grandes competições para guiar os 
paratletas do Tandem (Marcia e Marcelo). Temos o Johnatan do C5 que é 
muito bom, dois atletas de Goiás, o Carlos Alberto do C1 e o Victor do 
C2, além do Fabio Lucato (C3), que estão pedalando num bom nível e podem
 surpreender. O Lauro teve um ciclo muito bom nos anos de 2016 e 2017 e 
deve ser um dos destaques. O mais experiente da equipe, Soelito Ghor, 
concentrará a energia em uma única prova. E pela primeira vez, teremos 
uma representante mulher na classe C5, a Telma", disse Romolo 
Lazzaretti, chefe da delegação do Brasil, bicampeão europeu de ciclismo 
pista e representante da Itália nos Jogos Olímpicos de 1972.
Ao todo, serão 11 competidores: Marcelo Lemos Andrade (Tandem) e 
Marcos Novello (Piloto), Carlos Alberto Soares (Classe C1), Victor 
Louise Herling (Classe C2), Fábio Sciarra Lucato (Classe C3), Johnatan 
Mineiro Santos (Classe C5), Lauro Cesar Chaman (Classe C5), Soelito Gohr
 (Classe C5), Marcia Fanhani (Classe B – Tandem) e Taise Benato 
(Piloto), e Telma Aparecida Bueno (Classe C5).
"É uma honra poder voltar a competir no Rio onde fomos muito felizes,
 com a torcida de todos os brasileiros. Com certeza, a medalha 
paralímpica foi o momento mais marcante para minha carreira. Sabemos que
 os adversários são muito fortes, mas vamos dar o nosso máximo para 
poder sair com bons resultados. Contamos com a ajuda do público", disse 
Lauro Chaman.
A equipe técnica também ganhou reforço para realizar um trabalho mais
 detalhado com os atletas. Além de Lazzaretti, serão três técnicos 
Claudio Civatti, Armando Camargo e Claudio Diegues. Civatti ingressou na
 seleção em 2007 como mecânico, se tornou auxiliar-técnico e, desde 
2010, é técnico da equipe. No Mundial, trabalhará mais especificamente 
com as duplas do Tandem. Cláudio Diegues é técnico da Memorial Santos, 
uma das mais importantes e tradicionais do país, e, por isso, é um dos 
profissionais mais conhecidos do ciclismo de elite no Brasil. Junto com 
Armando, atleta da Shimano Indaiatuba e responsável pelo velódromo da 
cidade, será responsável pelos atletas das classes C1/2/3/4 e 5.
A delegação brasileira está entre as maiores do Mundial, ocupando, 
mais especificamente, a oitava colocação em tamanho. As maiores são da 
Grã-Bretanha (22 competidores), Estados Unidos (18), Austrália (16), 
Rússia (14), Irlanda (13), China (12) e Espanha (12) com Malásia (10) e 
Argentina, Holanda e Nova Zelândia, todas com 9, fechando o top 10. Ao 
todo, contando com os pilotos da classe tandem que não possuem 
deficiência, serão quase 240 competidores de 30 países nos quatro dias 
de disputas.
O Mundial é composto por três provas em cada umas das categorias – 
Tandem (para cegos), C1, C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências 
físico-motoras e amputados) tanto no masculino quanto no feminino. Além 
disso, há uma prova de Sprint com equipes mistas. Destaques na 
modalidade, Austrália, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Espanha, Rússia e 
Bélgica estão confirmados na competição.
O Mundial do Rio, o primeiro da modalidade a ser disputado no Brasil,
 ganha ainda mais importância por ser a primeira grande competição a 
contar pontos para o ranking que selecionará os participantes dos Jogos 
Paralímpicos Tóquio 2020. O Paraciclismo é o terceiro esporte no ranking
 dos que mais dão medalhas em Jogos Paralímpicos, atrás apenas do 
Atletismo e da Natação.
Foto: MPIX_CPB
 
 
 

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