Em Sochi 2014, com apenas 18 anos, Isadora Williams tornou-se a
primeira sul-americana a competir na patinação artística em uma edição
dos Jogos Olímpicos. Quatro anos depois, a brasileira quer mostrar que
evoluiu. Isadora começa a escrever mais um capítulo de sua bela história
nesta terça-feira, dia 20, às 22h (no horário de Brasília), quando será
realizada a disputa do programa curto dos Jogos Olímpicos de Inverno
PyeongChang 2018.
“Fiquei muito feliz em conquistar a vaga olímpica pela segunda vez.
Eu treinei muito para isto e tive que fazer mudanças para ter uma melhor
qualidade de treino. Esta nova fase de crescimento e amadurecimento me
transformaram muito como atleta e pessoa”, disse Isadora.
Das 30 concorrentes que disputam o programa curto, 24 passam para o
programa longo, na quinta, 22. Esse é o grande objetivo da brasileira
na Coreia. Em Sochi-14, ela não se classificou para a final. “Quero
muito executar bem os meus dois programas (curto e longo) e, para isso,
preciso estar entre as 24 melhores no programa curto. Quero que os
brasileiros me assistam, torçam e que tenham orgulho de mim”, disse a
atleta.
Filha de mãe brasileira e pai norte-americano, Isadora Marie Williams
nasceu em Marietta, nos Estados Unidos. Ela possui dupla cidadania e
atualmente vive em Little Falls, no estado de Nova Jersey, onde cursa
Nutrição e Negócios do Esporte.
Começou a patinar aos cinco anos, após o pai a levar em um rink onde
moravam. Aos nove, quando já participava de competições nos Estados
Unidos, manifestou seu desejo de representar o Brasil na modalidade. O
convite para integrar a equipe brasileira surgiu em 2009, após Isadora
enviar um vídeo com suas apresentações à Confederação Brasileira de
Desportos no Gelo.
Estreou pelo país em março de 2010, no Mundial Júnior de Patinação
Artística realizado na Holanda. Em 2013, conquistou a 25ª colocação no
Mundial Senior de Patinação Artística no Gelo, ainda hoje a melhor marca
brasileira na competição. No mesmo ano, Isadora Williams conquistou uma
das vagas olímpicas disponíveis no Troféu Nebelhorn e tornou-se na
primeira sul-americana a participar dos Jogos Olímpicos de Inverno na
patinação artística, em Sochi 2014.
Neste ciclo olímpico, Isadora manteve a boa fase. Ela ganhou três
medalhas de prata e uma inédita medalha de ouro no Sofia Trophy, na
Bulgária – o primeiro título do Brasil em um torneio internacional de
patinação artística no gelo.
A conquista da vaga olímpica pela segunda vez apenas comprova a
evolução da brasileira ao longo deste ciclo olímpico. Sob coordenação
dos técnicos Igor Lukanin e Kristin Fraser, a jovem amadureceu suas
apresentações e incorporou novos elementos.
“A maturidade, o crescimento pessoal e a necessidade de fazer uma
mudança. Saí de casa e fui morar em Nova Jersey. A partir daí começou
uma nova vida, literalmente. Foram feitos novos planejamentos de treinos
e comecei a treinar intensamente de manhã e tarde, com academia duas
vezes por semana. Me tornei uma atleta mais forte, consistente e ganhei
mais respeito diante dos juízes – o que me deu mais confiança”, afirma a
jovem patinadora.
Regras – A competição individual de patinação artística é dividida entre
programa curto e programa longo. O programa curto leva no máximo
2min40s e o longo no máximo 4 minutos.
As 24 atletas mais bem classificadas no programa curto avançam para o longo.
Foto: COB/Divulgação
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