A esquiadora Lindsey Vonn provavelmente participou de seus últimos Jogos
Olímpicos em PyeongChang. Sua última descida na pista do Centro Alpino de
Jeongseon na quinta-feira pode ter sido não apenas sua última prova na edição
de 2028, como pode ter marcado a despedida olímpica da esquiadora
norte-americana. Mas engana-se quem pensa que Vonn irá se aposentar. A atleta
garante que só abandonará as competições após bater o recorde de vitórias de
uma lenda do esqui alpino em Copa do Mundo, o sueco Ingemar Stenmark.
Vonn, que conquistou um bronze no downhill em Pyeongchang, precisará de mais seis
vitórias para bater a marca de Stenmark e se tornar a pessoa mais vitoriosa em
Copas do Mundo. Aos 33 anos, Vonn soma 81 triunfos totais na competição. "Espero que seja apenas uma
temporada. Eu não vou parar até obter esse recorde, com certeza, não importa a
quantidade de dor que estou sentindo", disse Vonn a repórteres. "Mas eu realmente espero que leve uma
temporada a mais, porque seria difícil para mim continuar depois disso",
acrescentou.
Se Vonn precisar
de uma segunda temporada para superar o recorde de Stenmark, ela poderia pensar
em prolongar sua carreira. "Se, por algum milagre, eu fizer isso depois da
próxima temporada, talvez eu considere continuar, tudo depende da minha saúde.
Você pode garantir que eu continuarei lutando até obter esse recorde",
disse ela.
Mas Vonn, que
ganhou a medalha de ouro no downhill em Vancouver 2010, mas que ficou de fora
de Sochi há quatro anos devido a uma lesão, disse que se sentia emocionada por
estar provavelmente em suas últimas Olimpíadas. "Estou apenas triste. Eu
sou uma esquiadora e adoro correr e as Olimpíadas são o pináculo do nosso
esporte e adoro isso. Eu adoro estar no portão de partida, é apenas uma
experiência totalmente diferente, eu vou sentir muita falta", disse ela.
Segundo Vonn, ela
vive um conflito interno. Aos mesmo tempo em que sua mente quer continuar, seu
corpo dá sinais de que não pode aguentar muito mais. "Minha mente ainda
está me dizendo que eu posso fazer coisas que meu corpo está me dizendo que eu
não posso. Então é por isso que é frustrante para mim, porque eu adoraria
continuar. Eu gostaria de poder dizer que eu vou correr em quatro anos (em
Pequim 2022) e ser uma ameaça competitiva, mas infelizmente não é assim", afirmou.
A esquiadora de
Minnesota disse que seu desempenho na seção de slalom na quinta-feira foi um
excelente exemplo de como ela não pode mais competir da maneira que costumava
fazer. "É frustrante, porque na minha mente eu sei do que sou capaz, mas
meu corpo simplesmente não segue. Quando chega a um certo ponto, depois de uma
certa quantidade de lesões, você simplesmente não pode voltar ao nível em que
você estava", finalizou.
Foto: Reuters
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