Técnico da Seleção Brasileira Adulta de badminton, o português Marco 
Vasconcelos estEVE em Brasília desde a última quinta-feira, 16, para 
acompanhar os Jogos Escolares da Juventude 2017. No domingo,
 dia 19, ele reuniu todos os técnicos dos 25 estados participantes da 
modalidade no evento, os jovens atletas e árbitros e ministrou uma 
clínica com o objetivo de incentivar e aprimorar a qualidade técnica e 
tática dos treinadores e atletas.
“Esse convívio é muito importante. Foi ainda melhor porque todos os 
treinadores mostraram bastante interesse. Abordamos vários temas, 
principalmente a postura dos atletas e dos técnicos em quadra, a 
movimentação e os deslocamentos. Foi muito produtivo. Em relação aos 
atletas, o perfil precisa melhorar, assim como ter atitudes corretas em 
quadra”, afirmou.
Com três participações em Jogos Olímpicos no currículo (Sidney 2000 a
 Pequim 2008), Marco Vasconcelos iniciou sua trajetória como técnico da 
equipe nacional em setembro de 2012. Após 40 dias de avaliação, ele foi 
contratado definitivamente em 2013 e renovou seu contrato após os Jogos 
Rio 2016, com vistas em Tóquio 2020. Para ele, os atletas brasileiros 
têm que iniciar no esporte mais cedo.
“A modalidade é muito técnica, precisa de gestos técnicos muito 
precisos e quanto mais cedo o jovem aprender, melhor. Na Europa já 
existe o que chamamos de mini-badminton, para a faixa etária de 5 a 10 
anos. Esse é o próximo passo da confederação. Até para diminuir erros 
dos jovens para quando eles chegarem na fase adulta”, avaliou 
Vasconcelos.
Ele lembrou que muitos técnicos que trabalham com o badminton no país
 não são especialistas do esporte, mas professores de Educação Física. 
Daí a importância em dar ênfase na movimentação e no treinamento 
específico dos atletas.
“A proposta do COB (Comitê Olímpico da Brasil) juntamente com a 
confederação é dar clínicas para dar um ‘up’ no trabalho dos técnicos 
pelo país. Estamos programando três clínicas no ano que vem com alguns 
jogadores, mas principalmente os treinadores”, disse o treinador.
Os técnicos dos estados participantes dos Jogos Escolares aprovaram a
 iniciativa. “Foi muito proveitoso. A proposta é muito boa. Trabalhamos a
 parte teórica e a prática”, lembrou o mato-grossense Joami Cabeleira. 
“O objetivo dele é ensinar a técnica correta para a gente transmitir aos
 jovens atletas os movimentos com mais qualidade”, disse Antônio Carlos 
Sobrinho, do Rio Grande do Norte. “Ele acredita que desenvolver o 
esporte de base, principalmente os jovens nas escolas vai fazer o 
esporte crescer bastante no país”, disse a amazonense Nilma Menezes. 
“Implantar o mini-badminton como existe na Espanha segue a mesma linha 
do Bernardinho no vôlei”, considerou a paranaense Mara Carvalho.
No sábado, Marco Vasconcelos e a Embaixadora dos Jogos Escolares da 
Juventude, Fabiana Silva, fizeram alguns desafios de duplas com os 
jovens atletas. Fabiana de um lado e Marco do outro. Atleta de Niterói, 
com três participações em Jogos Pan-americanos no currículo (Rio 2007, 
Guadalajara 2011 e Toronto 2015), a atleta de 28 anos garantiu que não 
perdeu nenhuma partida. “Ganhei todas, só para deixar bem claro isso”, 
brincou Fabiana. Os desafios eram realizados em melhor de três pontos.
Fabiana começou no esporte aos 13 anos, por acaso. “Eu fazia vela e 
teve um dia que não tinha vento. Meu técnico da vela tinha duas raquetes
 e peteca na mala e ficamos brincando. Foi totalmente por acaso. Digo 
que se tivesse vento naquele dia eu seria atleta da vela e não do 
badminton. Depois disso conheci melhor o esporte”, relembrou a atleta.
A Embaixadora dos Jogos Escolares foi introduzida ao esporte através 
de um projeto social. Agora, ela ajuda como pode o projeto chamado “É o 
Bad”, que fica no Cubango, um bairro de Niterói e atende crianças e
 jovens do Morro do Bumba, afetado tragicamente por um deslizamento de 
terra em 2010. “Sempre que eu posso vou lá dar palestras, incentivar e 
conversar com a garotada. Já doei bastante material para eles também. 
Quando eu comecei no esporte não tinha muita coisa, vim de um projeto 
social também e o mínimo que eu posso fazer é ajudar quem precisa”, 
afirmou Fabiana.
Foto: COB
 
 
 

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