A jovem Núbia Cristina, 17 anos, acompanhou os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos do Rio 2016 pela televisão e aprendeu sobre os riscos da
dopagem no esporte. Jogadora de handebol, a jovem de Itumbiara (GO)
deixou de ser telespectadora para se tornar atleta durante os Jogos
Escolares da Juventude em Brasília. Sabendo sobre a sua responsabilidade
como esportista, ela esteve no estande da campanha #JogoLimpo, na última segunda-feira (21.11), e aprendeu sobre valores éticos e morais do
esporte, o respeito aos adversários, a honestidade e a disciplina.
O trabalho de conscientização dos estudantes é realizado de forma
lúdica pelo Departamento de Informação e Educação da Autoridade
Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), do Ministério do Esporte, em
estande no Centro de Convivência dos Jogos, no Centro de Convenção
Ulysses Guimarães, na capital federal.
“Acredito que o jogo sujo é feito por pessoas que têm maldade no
coração. Elas já entram na disputa com má intenção. O esporte é esforço e
dedicação. Querer se dar bem a todo custo não vale a pena”, disse
Núbia, que participou das atividades do espaço exclusivo ao jogo limpo.
Em Brasília, o estande conta com mesa de operação, que serve para
explicar o processo de controle de dopagem e mostra como são feitas as
coletas das amostras de sangue e de urina dos atletas. Os funcionários
explicam também as condições em que o atleta é notificado, o
preenchimento de formulários e o envio do material para o laboratório,
além de conhecer o trabalho realizado tanto pelo Ministério do Esporte
quanto pela ABCD.
Para a jovem Maria Rosa, 17 anos, de Macapá (AP), aprender sobre controle de dopagem abre a mente para valorizar a honestidade no esporte. “Vejo na televisão com frequência casos de atletas que foram pegos no doping e com o tempo perdem a medalha conquistada. Isso não é bom nem para o atleta e nem para a modalidade. Penso que usar substâncias proibidas é prejudicial para a saúde e para a rivalidade entre os atletas”, disse a jogadora de handebol que encara os Jogos Escolares pela terceira vez.
O trabalho lúdico é promovido por meio de jogos interativos. Os jovens participam de palavras cruzadas, com histórico da dopagem, e do Quiz da Wada (Agência Mundial Antidopagem, na sigla em inglês). Ao participar das brincadeiras, os alunos recebem brindes, como canetas, pins, copos, toalhas e camisetas. Os jovens ainda podem tirar foto no painel com a hashtag #JogoLimpo para ser compartilhada nas redes sociais.
A ação da ABCD nos Jogos Escolares também orienta sobre as substâncias, os hormônios que podem causar malefícios à vida dos atletas e as consequências do uso de anabolizantes para a saúde. Segundo Tiago Ferreira, 17 anos, que defende a delegação de Itumbiara no handebol, entrar no estande e conhecer o trabalho da ABCD foi fundamental para ter noção da importância do tema. “Eu nem sabia que tinha um órgão brasileiro que cuidava só de controle de dopagem. Percebi que o jogo limpo é um assunto importante dentro do esporte, principalmente pela parte ética e moral”, disse.
Foto: Rede do Esporte
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