O queniano Eliud Kipchoge venceu neste domingo a tradicional
Maratona de Berlim. Campeão olímpico no Rio de Janeiro, o queniano chegou na
capital alemã como um dos favoritos da prova e acabou vencendo a disputa com o
tempo de 2:03:32. Apesar da vitória, uma das expectativas na prova era a quebra
do recorde mundial da prova, mas que por 35 segundos não foi alcançado pelo
queniano. O recorde segue com o seu compatriota Dennis Kimetto, que marcou
2:02:57 na mesma Maratona de Berlim, mas na edição de 2014.
Kipchoge, que venceu 9 de suas 10 maratonas disputadas na
carreira, disse que neste domingo encontrou as condições mais difíceis sob as
quais ele já correu os 42 km da prova. Mesmo sem conseguir alcançar o recorde
mundial, o queniano se mostrou confiante para que o feito seja alcançado em
breve. "Meu pensamento era ao menos corre para o recorde mundial. Da
próxima vez. Amanhã é (um novo) dia... Ainda tenho um recorde mundial nas
minhas pernas ", afirmou o maratonista.
Outros dois favoritos na prova, inclusive para também baterem
o recorde mundial, Kenenisa Bekele e Wilson Kipsang acabaram abandonando a
disputa depois de 28 km percorridos.
Se por um lado dois favoritos acabaram abandonando a
disputa, o vice-campeão acabou sendo uma surpresa. O etíope Guye Adola, acabou
ficando em segundo lugar ao fazer o percurso em 2:03:46, alcançando a melhor
marca para um estreante em maratonas. Adola disputou a liderança com Kipchoge
até os últimos quilômetros. Os dois seguiram o ritmo do recorde mundial de
Kimetto até o final.
A expectativa pela quebra do recorde mundial da maratona em
Berlim tem uma justificativa. A prova de Berlim é a maratona mais rápida do
mundo. O recorde mundial masculino foi quebrado seis vezes na capital alemã
desde 2003. Além disso, Kipchoge, Bekele e Kipsang, que já correram apenas 16
segundos a mais do que a marca do recorde mundial nos últimos dois anos, nunca
tinham corrido juntos na capital alemã. O fato inédito poderia acabar
resultando em um ritmo mais forte, com um maratonista puxando o outro.
Os três grandes favoritos ao pódio já haviam dominado as
duas últimas edições de Berlim. Kipchoge venceu em 2015 com o tempo de 2:04:00,
mesmo com as palmilhas que saíam da parte de trás de suas sapatilhas na última
metade da corrida. Já em 2016, Bekele e Kipsang se aproximaram do recorde
mundial em um duelo memorável em Berlim, com Bekele ganhando a disputa por
apenas seis segundo.
Kipchoge no dia 6 de maio correu a distância da maratona em
2:00:25 em um evento organizado pela Nike em uma pista italiana de Fórmula 1. O
evento foi uma tentativa de fazer a distância em menos de 2 horas. Como a prova
foi disputada em condições especiais, a marca é considerada inelegível para
fins de registros históricos da maratona. Kipchoge poderia tentar a quebra do
recorde novamente se optar disputar a Maratona de Londres, no dia 23 de abril. Em
2016 ele conquistou a prova com a marca de 2:03:05.
A versão feminina da prova foi vencida pela queniana Gladys
Cherono. A compatriota de Kipchoge venceu a disputa feminina em 2:00:23. É a segunda
vitória de Cherono nas últimas três edições do evento.
Foto: Reuters/Michael Dauder
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