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Thomas Bach sinaliza positivamente aos eSports, mas caminho para inclusão em Jogos Olímpicos ainda é longo

Os eSports, os jogos eletrônicos, cada vez cresce mais no mundo inteiro, conquistando não somente os jovens, mas atingindo várias camadas da sociedade. Canais de TV a cabo nos mais diversos países transmitem diversos campeonatos para um público cada vez maior. A fatia no mercado dos eSports já atingiu um tamanho considerável, girando volumosas quantias de dinheiro. Com os eSports em alta, uma discussão vem se tornando cada vez mais recorrente. O eSports pode ser considerado esporte? E se sim, teria lugar nos Jogos Olímpicos? Nessa semana o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, falou sobre o tema e as possibilidades de no futuro os jogos eletrônicos entrarem no programa olímpico.

Na China para reuniões sobre a organização dos Jogos de Inverno de 2022, Thomas Bach foi questionado sobre o futuro do eSports no Movimento Olímpico. Para ele os jogos eletrônicos podem sim ter espaço futuramente em uma Olimpíadas, mas para isso, primeiramente os eSports deverão ter uma federação governamental reconhecida e que regule o esporte em um único conjunto de regras. Como os jogos de videogame evoluem rapidamente, a vida útil de um jogo tem prazo curto, o que também atrapalha uma possível pretensão de fazer parte do programa olímpico. O eSports deverá se adequar aos valores olímpicos.

Bach explicou que o Movimento Olímpico tem como ideal a promoção da paz e da amizade entre os povos, sendo assim, jogos eletrônicos de guerra vão contra qualquer ideal do Movimento. “Queremos promover a não discriminação, a não-violência e a paz entre as pessoas. Isso não coincide com os jogos de videogame que são sobre violência, explosões e matanças. E nós temos que desenhar uma linha clara" assegurou Bach.

O presidente do COI disse ainda que os jogos de videogames que envolvem esportes que já fazem parte do programa olímpico, como o futebol, podem contar com um interesse especial do COI, podendo inclusive incentivar a pratica esportiva no mundo real. Tendo antes que passar por arranjos, como uma rigidez maior nas regras e protocolos de doping. “Se alguém está jogando futebol virtualmente ou jogando outros esportes de forma virtual, isso é de grande interesse. Esperamos que esses jogadores ofereçam desempenho esportivo. Se no final os fãs praticassem esses esportes no mundo real, seríamos mais felizes” afirmou.

O COI vem tentando recentemente uma aproximação maior com a juventude, e para isso esportes com apelo entre essa faixa etária e com teor urbano vem sendo incluídos no programa olímpico nos últimos anos. Para Tóquio 2020 o COI incluiu o surf, skate e basquete 3x3 em seus quadros. Os eSports estão dando os primeiros passos em direção aos Jogos Olímpicas e terá um primeiro teste em um grande evento multiesportivo em 2022, durante os Jogos Asiáticos de Hangzhou. Pela primeira vez no programa dos Jogos Asiáticos, um bom desempenho dos eSports pode indicar um bom futuro para os jogos eletrônicos nas Olimpíadas.


Com o programa de 2020 já fechado, os eSports poderiam ter nos Jogos de Paris 2024 a primeira oportunidade de entrar nos Jogos Olímpicos. Presidente do Comitê de Paris 2024 e vice-presidente do Comitê Olímpico da França, Tony Estanguet disse que a organização dos jogos na Cidade Luz está explorando o envolvimento juvenil no esporte. Entrar no programa olímpico como esporte de exibição em 2024 poderia ser um bom caminho para a inclusão dos eSports em uma Olimpíadas.

Foto: KoelnMesse/Thomas Klerx


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