Um dos grandes nomes do Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016,
Petrúcio Ferreira sentirá o gosto de disputar um Mundial de Atletismo
pela primeira vez. Em Londres, o velocista paraibano de 19 anos fará a
sua estreia neste evento, de 14 a 23 de julho, e tentará firmar-se como o
homem a ser batido não apenas na classe T47, para amputados de membros
superiores.
Apenas o irlandês Jason Smyth, que cumpriu os 100m
T13 (baixa visão) em 10s46 nos Jogos de Londres 2012, foi mais rápido do
que Petrúcio na história do esporte paralímpico. Os 10s57 feitos nos
100m pelo brasileiro no Rio 2016 impressionaram, mas ele se vê em um
condições ainda melhores para a competição deste ano.
"Não é uma
questão de conseguir ser mais veloz, mas sim de estar mais preparado.
Eu me sinto mais bem preparado para esse Mundial de 2017, bem mais
confiante do que estava antes dos Jogos Paralímpicos, no ano passado.
Pelo que trabalhei até o momento, quero chegar pra dar o meu melhor
nesse Campeonato Mundial", disse o atleta, que sofreu um acidente com
uma máquina de moer capim aos dois anos de idade e perdeu parte do braço
esquerdo.
A primeira prova de Petrúcio no Estádio Olímpico de
Londres será no sábado, 15, com as eliminatórias e, caso avance, final
dos 100m T47. Ele retornará à pista na sexta-feira, 21, para os 200m,
cuja disputa por medalha ocorrerá no dia 22.
Uma outra motivação
decorre do drama que viveu há dois anos. Na véspera do Mundial de 2015,
já em Doha, no Catar, Petrúcio sofreu uma lesão na coxa direita durante
um treinamento. O problema muscular o fez adiar a estreia em Mundiais.
"No Catar, tive de ser cortado da competição por ter me lesionado
somente dois dias antes. Desta vez, estou um pouco ansioso, mas creio
que vai dar tudo certo", afirmou Petrúcio.
Esta será a oitava
edição do Mundial de Atletismo Paralímpico. Cerca de 1.300 atletas de
100 países são esperados nas 213 disputas por medalha, todas no Estádio
Olímpico de Londres. Em 2015, o Brasil ficou com a sétima colocação no
quadro geral de medalhas do evento. Foram 8 medalhas de ouro, 14 de
prata e mais 13 de bronze.
Foto: CPB/MPIX
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