Com direito a recorde mundial de Petrucio Ferreira, o Brasil faturou mais dois ouros no Mundial de Atletismo Paralímpico, que está sendo realizado em Londres (GBR).
Petrúcio conquistou a sua segunda medalha de ouro no Mundial ao faturar o título dos 200m T47 (amputados de braço) e estabeleceu um novo recorde mundial para a prova.
Aos 20 anos, Petrúcio baixou seu próprio recorde mundial para 21s21 - a antiga marca era de 21s49, estabelecida por ele em abril de 2015. A exemplo do que ocorreu nos 100m, ele teve companhia de outro brasileiro no pódio. Yohansson Nascimento ficou com a prata, ao cruzar a linha de chegada em 21s96. A terceira posição da prova ficou com o polonês Michael Derus, que registrou 22s08.
O paraibano não teve uma boa largada, mas teve uma recuperação incrivel ainda na curva e já chegou nos últimos 100m com sobras para bater o recorde mundial. A tranquilidade foi tamanha que ele cruzou a linha de chegada olhando e apontando para o crônometro do estádio.
O relógio oficial da competição registrou, inicialmente, a marca de 21s22. Petrúcio chegou até a posar ao lado do cronômetro com este tempo, no entanto, foi logo corrigido para 21s21. Nenhum atleta foi mais rápido que o paraibano neste Mundial de Atletismo Paralímpico, na já mítica pista do Estádio Olímpico de Londres, sede dos Jogos Paralímpicos de 2012.
Foi a terceira prova que Petrúcio participou neste Mundial. No sábado, 14, segundo dia de disputas, ele teve performance idêntica nos 100m. Foi campeão e estabeleceu recorde mundial na classe T47 com 10s53 - superando a antiga marca, dele mesmo, de setembro de 2016, que era 10s57. Já na quinta-feira, ele teve um dissabor na prova dos 400m, ao ser eliminado após queimar a largada.
Em ambas as vezes que foi ao pódio neste Mundial, Petrúcio teve a companhia inseparável do alagoano Yohansson Nascimento. Diferentemente do paraibano, Yohansson disputou duas provas - medalhou em ambas (100m e 200m). sempre em segundo lugar, desbancando o polonês Michal Derus, uma verdadeira pedra no sapato de Yohansson até os Jogos do Rio 2016. Agora, em Londres, Yohansson não deu chances para o atleta da Polônia e o superou nas duas oportunidades que o encontrou.
"Eu estava me sentindo muito bem, absolutamente bem treinado, mas não imaginava que poderia ser tão veloz quanto fui hoje. A queima da largada nos 400m me deixou chateado, mas me motivou para voltar aqui e dar o meu melhor nesta prova. Estou feliz demais com esse resultado e de estar representando bem o nosso país junto com o Yohansson", disse Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos de idade e perdeu parte do braço esquerdo.
"Não tem como estar mais satisfeito, não tinha como haver resultado melhor do que ter dois brasileiros no topo do pódio. Com mais essas conquistas, chego a dez medalhas em Campeonatos Mundiais, então só quero ir para casa para descansar um pouco e continuar o trabalho porque até 2020 eu e o Petrúcio vamos dividir muitos pódios mundo afora", afirmou Yohansson, dono de três ouros, cinco pratas e dois bronzes em Mundiais.
Thiago Paulino fatura o segundo ouro em Londres
Duas provas e duas medalhas de ouro. Esse é o resumo da participação de Thiago Paulino no Mundial. Ele subiu ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez. Após abrir o Mundial com a vitória no arremesso de peso, o paulista de Orlândia faturou o ouro no lançamento de disco. Em sua última tentativa, ele alcançou 46,58m - o suficiente para ultrapassar o croata Miroslav Petkovic, prata com 45,99m. O chinês Guoshan Wu foi bronze, com 45,62m.
"Eu estou muito feliz e só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade de estar aqui mais uma vez. Foi uma prova muito desgastante, porque além de fazer o meu melhor, tinha de ficar de olho no que fariam os meus adversários. Eu treinei bastante e sabia que estava preparado. Agora a recompensa é eu poder dizer que sou duas vezes campeão mundial", comemorou.
Aos 31 anos, Thiago chega, assim, às suas primeiras conquistas em nível internacional - antes havia ficado com a quinta posição nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e em sétimo lugar no último Mundial, em Doha (Catar), em 2015, no arremesso de peso. Thiago amputou a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010.
Além dele, na final dos 100m T36 (paralisados cerebrais), Rodrigo Parreira superou uma lesão na coxa direita e conquistou a quarta medalha do Brasil no dia. O goiano radicado em Uberlândia cumpriu a distância em 12s28. O pódio também foi composto pelo chinês Yifei Yang, que fez o tempo de 11s93, e pelo Mohamad Puzi, da Malásia, com 12s15. O brasileiro de 22 anos chega à sua terceira medalha no Mundial - já havia sido bronze nos 200m e prata no salto em distância.
"Ganhar três medalhas em um Mundial foi sensacional. Eu não podia estar fora dessa final, mesmo com a lesão que eu senti. Conversei com a comissão técnica e falei que dava para correr. Deu no que deu", disse Rodrigo.
Foto: CPB/MPIX
Petrúcio conquistou a sua segunda medalha de ouro no Mundial ao faturar o título dos 200m T47 (amputados de braço) e estabeleceu um novo recorde mundial para a prova.
Aos 20 anos, Petrúcio baixou seu próprio recorde mundial para 21s21 - a antiga marca era de 21s49, estabelecida por ele em abril de 2015. A exemplo do que ocorreu nos 100m, ele teve companhia de outro brasileiro no pódio. Yohansson Nascimento ficou com a prata, ao cruzar a linha de chegada em 21s96. A terceira posição da prova ficou com o polonês Michael Derus, que registrou 22s08.
O paraibano não teve uma boa largada, mas teve uma recuperação incrivel ainda na curva e já chegou nos últimos 100m com sobras para bater o recorde mundial. A tranquilidade foi tamanha que ele cruzou a linha de chegada olhando e apontando para o crônometro do estádio.
O relógio oficial da competição registrou, inicialmente, a marca de 21s22. Petrúcio chegou até a posar ao lado do cronômetro com este tempo, no entanto, foi logo corrigido para 21s21. Nenhum atleta foi mais rápido que o paraibano neste Mundial de Atletismo Paralímpico, na já mítica pista do Estádio Olímpico de Londres, sede dos Jogos Paralímpicos de 2012.
Foi a terceira prova que Petrúcio participou neste Mundial. No sábado, 14, segundo dia de disputas, ele teve performance idêntica nos 100m. Foi campeão e estabeleceu recorde mundial na classe T47 com 10s53 - superando a antiga marca, dele mesmo, de setembro de 2016, que era 10s57. Já na quinta-feira, ele teve um dissabor na prova dos 400m, ao ser eliminado após queimar a largada.
Em ambas as vezes que foi ao pódio neste Mundial, Petrúcio teve a companhia inseparável do alagoano Yohansson Nascimento. Diferentemente do paraibano, Yohansson disputou duas provas - medalhou em ambas (100m e 200m). sempre em segundo lugar, desbancando o polonês Michal Derus, uma verdadeira pedra no sapato de Yohansson até os Jogos do Rio 2016. Agora, em Londres, Yohansson não deu chances para o atleta da Polônia e o superou nas duas oportunidades que o encontrou.
"Eu estava me sentindo muito bem, absolutamente bem treinado, mas não imaginava que poderia ser tão veloz quanto fui hoje. A queima da largada nos 400m me deixou chateado, mas me motivou para voltar aqui e dar o meu melhor nesta prova. Estou feliz demais com esse resultado e de estar representando bem o nosso país junto com o Yohansson", disse Petrúcio, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos de idade e perdeu parte do braço esquerdo.
"Não tem como estar mais satisfeito, não tinha como haver resultado melhor do que ter dois brasileiros no topo do pódio. Com mais essas conquistas, chego a dez medalhas em Campeonatos Mundiais, então só quero ir para casa para descansar um pouco e continuar o trabalho porque até 2020 eu e o Petrúcio vamos dividir muitos pódios mundo afora", afirmou Yohansson, dono de três ouros, cinco pratas e dois bronzes em Mundiais.
Thiago Paulino fatura o segundo ouro em Londres
Duas provas e duas medalhas de ouro. Esse é o resumo da participação de Thiago Paulino no Mundial. Ele subiu ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez. Após abrir o Mundial com a vitória no arremesso de peso, o paulista de Orlândia faturou o ouro no lançamento de disco. Em sua última tentativa, ele alcançou 46,58m - o suficiente para ultrapassar o croata Miroslav Petkovic, prata com 45,99m. O chinês Guoshan Wu foi bronze, com 45,62m.
"Eu estou muito feliz e só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade de estar aqui mais uma vez. Foi uma prova muito desgastante, porque além de fazer o meu melhor, tinha de ficar de olho no que fariam os meus adversários. Eu treinei bastante e sabia que estava preparado. Agora a recompensa é eu poder dizer que sou duas vezes campeão mundial", comemorou.
Aos 31 anos, Thiago chega, assim, às suas primeiras conquistas em nível internacional - antes havia ficado com a quinta posição nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e em sétimo lugar no último Mundial, em Doha (Catar), em 2015, no arremesso de peso. Thiago amputou a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010.
Além dele, na final dos 100m T36 (paralisados cerebrais), Rodrigo Parreira superou uma lesão na coxa direita e conquistou a quarta medalha do Brasil no dia. O goiano radicado em Uberlândia cumpriu a distância em 12s28. O pódio também foi composto pelo chinês Yifei Yang, que fez o tempo de 11s93, e pelo Mohamad Puzi, da Malásia, com 12s15. O brasileiro de 22 anos chega à sua terceira medalha no Mundial - já havia sido bronze nos 200m e prata no salto em distância.
"Ganhar três medalhas em um Mundial foi sensacional. Eu não podia estar fora dessa final, mesmo com a lesão que eu senti. Conversei com a comissão técnica e falei que dava para correr. Deu no que deu", disse Rodrigo.
Foto: CPB/MPIX
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