O atirador com arco estadunidense, e três vezes medalhista
olímpico, Brady Ellisson defendeu a troca da modalidade olímpica que hoje é
disputada nos Jogos em seu esporte. Para ele, a modalidade Field, ou tiro com
arco em campo, deveria ocupar o lugar que hoje pertence ao tiro recurvo
disputado em locais abertos.
A modalidade Field, também conhecida como Tiro com Arco de
Campanha, é disputada ao ar livre em campos, bosques ou florestas, possuindo os
mais variados tamanhos e distancias dos alvos. Nessa modalidade os atletas
caminham pelo campo e atiram de diferentes locais, podendo estes serem planos,
em declives, próximo a lagos e rios, dentre outros terrenos acidentados.
A preferência pelo tiro com arco de campo foi declarada por
Brady após ele competir nas eliminatórias da modalidade que está sendo
disputada nos Jogos Mundiais em Wroclaw, na Polônia. Apesar de defender a troca
das disciplinas no programa olímpico, o medalhista de bronze no individual e prata
por equipes no Rio em 2016, afirmou que não acredita que isso possa vir a
acontecer. “Eu não acho que veremos nos Jogos Olímpicos. Eu acho que o tiro com
arco e as disciplinas que eles possuem agora nos jogos são muito trancadas.
Embora se fosse minha responsabilidade, eu colocaria isso nas Olimpíadas”
afirmou.
Para o secretário geral da Federação Internacional de Tiro
com Arco, Tom Dielen, a entrada da disciplina no programa olímpico é realmente
muito difícil. Segundo ele os problemas logísticos seriam os principais
entraves para isso, entre eles, a necessidade de várias câmeras para a transmissão
da disputada pela televisão. Entretanto o secretário destacou o fato de a
entidade ter conseguido colocar mais uma prova do arco recurvo nas Olimpíadas
de 2020, tratando-se da prova por equipes mistas. Um desejo que havia sido
transmitido ao Comitê Olímpico Internacional (COI) antes da Rio 2016.
Assim, o secretário acredita que futuramente o próximo passo
para o esporte possa ser a inclusão da disputa de arco composto nas Olimpíadas,
mas para isso a Federação Internacional precisa primeiramente propagar a
modalidade entre as mulheres, já que a modalidade não é tão competitiva como no
masculino, o que tem um peso relevante nas escolhas do COI. “Estamos construindo
esse passo e quando estivermos prontos, iremos ao COI. Mas no momento é muito
cedo” concluiu.
Foto: World Archery
0 Comentários