Desde a última terça-feira(30/5), a CBB recebe no Rio de Janeiro, na sua sede, o espanhol José Luis Sáez, emissário enviado pela Federação Internacional de Basquete (Fiba). Sáez foi o responsável pelo relatório que em novembro decretou a suspensão da entidade brasileira, tirando das seleções e clubes do país o direito de disputarem competições oficiais e foi o nome indicado pela FIBa pra comandar uma força tarefa para recuperação da entidade, o que não aconteceu. Durante sua passagem, o dirigente irá acompanhar de perto os trabalhos da nova gestão. Ele também irá ao evento desta sexta-feira, em Campinas, quando CBB e a prefeitura da cidade paulista assinam convênio que dará ao basquete nacional o seu primeiro CT, na Arena Concórdia.
No primeiro instante, o presidente eleito Guy Peixoto reafirmou o interesse em trabalhar com a Fiba para alavancar o esporte no Brasil, mas optou por não assinar o termo de ajuste de conduta para a realização de uma força-tarefa unindo COB, Ministério do Esporte, Liga Nacional de Basquete, Fiba e a própria CBB. o ex jogador Paulinho Villas-Boas acompanha José Luis Sáez nesta visita ao Brasil.
O espanhol responde por supostos crimes no seu país: Má administração de verbas públicas, administração desleal, apropriação indevida e falsidade documental, desvio de capitais, participação de grupo criminal e delito fiscal. No mês passado, foi afastado do conselho da Fiba, mas segue ligado ao órgão e veio ao Brasil para ver de perto o que a nova gestão da CBB está fazendo para se recuperar após inúmeros problemas na direção Carlos Nunes, como acúmulo de dívidas e descumprimento de ações como a realização de um importante torneio de basquete 3x3 da Fiba.
No Brasil, Sáez também deve participar de um evento oficial da NBA quinta-feira(2/6), em São Paulo, em ação que marca o início das finais da liga americana de basquete. Antes da viagem, Sáez esteve com o presidente Guy Peixoto no Rio de Janeiro. Viu de perto a nova estrutura administrativa, de diretoria, e que a CBB conseguiu a certidão negativa de débitos (CND), o que lhe dá novamente o direito de conseguir verbas públicas, com o aporte de R$ 3,46 milhões da Lei Agnelo Piva, via Comitê Olímpico do Brasil.
Ele também deve ter as primeiras informações da auditoria contratada pela Chapa Transparência para vistoriar as contas da CBB. A ideia é revirar os últimos oito anos da gestão anterior, de Carlos Nunes, por conta de suspeita de fraudes. Os primeiros 30 dias da gestão Guy Peixoto foram usados para check-up da situação. Já os relatórios iniciais da empresa contratada para fazer a auditoria seriam entregues entre 60 a 90 dias, portanto, eram previstos para um período posterior à decisão de maio da Fiba, que manteve o basquete brasileiro suspenso. No próximo congresso da Fiba em 21 de junho, será definido se a suspensão ao Brasil continua ou é encerrada.
foto:AFP
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