Finalmente, a suspensão que a FIBA impôs a CBB terminou. Os fãs do basquete respiram aliviados e ao mesmo tempo receosos, afinal como será agora com o Brasil livre para disputar competições? O Cenário que estava há tanto tempo nebuloso, agora as nuvens começam a se dissipar, mas muito trabalho precisa ser feito,a tenebrosa administração de Carlos Nunes pôs o basquete brasileiro em trevas nunca vistas e essa suspensão afetou principalmente o calendário dos clubes que não puderam disputar a Liga das Américas e a base, que perdeu campeonatos e pode deixar graves sequelas a longo prazo no basquete brasileir0.
Antes de mais nada, vamos ver o que o presidente Guy peixoto disse em carta aberta sobre o fim da suspensão: "Os próximos passos da nossa gestão são estes: retorno das verbas do COB, já pré-definidas pela Lei Agnelo Piva; negociação com patrocinadores, a começar pelo máster, seguida dos demais; reapresentação dos projetos para comissão da Lei de Incentivo ao Esporte; definição e contrato dos novos treinadores das várias seleções; lançamento de um novo site, com novo visual; plano de utilização do CT tanto na parte esportiva quanto na comercial; e andamento do projeto do futuro CT de Jundiaí."
A gente entende que a necessidade de conseguir patrocínio é grande, afinal, são 17 milhões de reais em dívidas sem nenhuma fonte de renda, a CBB se fosse uma empresa tinha falido. E dinheiro é necessário, para que se possa fazer todos os projetos necessários,mas me preocupar muito a falta de preocupação com a base, que perdeu competições importantes no período, que nem foi citada como prioridade da nova gestão da CBB.
A Copa América sub16 masculina e feminina , que classifica para o mundial sub17, não teve a presença do Brasil, suspenso. Com isso a geração 2001 perde uma importante bagagem para a carreira, podendo chegar no adulto em desvantagem em relação aos demais. A longo prazo, o cenário é preocupante. Ao menos, a participação nos campeonatos sul-americanos sub17 o Brasil poderá participar do masculino ao menos,já que o feminino começa dia 28 e não tem mais tempo hábil para sua participação, creio eu.
Ainda sobre a base, a LNB (que gere o NBB) vai abrir mão das competições de base, que eram um alento no meio a tantos problemas no basquete. Cabe a CBB conseguir fazer uma competição de nível tão bom para não perdemos mais ainda na base.
As seleções adultas estão habilitadas para disputar a Copa América masculina e feminina, mas o tempo é curto. Os campeonatos são em agosto e até este momento, 21 de junho, não temos técnicos e nem cronograma definido para as competições. No feminino a urgência é maior, pois a Copa América feminina distribui vaga para o mundial feminino de 2018. Ainda mais no processo de renovação que a seleção precisa fazer, ter pouco tempo para trabalhar as seleções torna a tarefa muito complicada.
Mas nem tudo é tristeza. Apesar de estar no início, a gestão do presidente Guy Peixoto tem feito avanços, como usar o CT de Concórdia em Campinas para as seleções e ainda a obtenção de patrocinadores e das verbas da lei agnelo/piva que vão cair nas contas da CBB. As dívidas ainda existem, o basquete brasileiro continua no fundo do poço e perdendo relevância no Brasil em relação aos esportes coletivos, mas ao menos tem uma luz apontando o caminho a seguir na escuridão. Agora é os dirigentes do basquete tenham aprendido a lição e que não tenhamos que passar por esse vexame de ficar suspenso de competições internacionais, nunca mais. Chega de sofrimento!
foto: Getty Images
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