Os atletas que conquistaram vaga para representar o Brasil no
Pan-Americano de Ginástica Artística de Especialistas, em agosto, no
Peru, e nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, em outubro, no Chile,
foram divulgados, no último sábado (24). Durante a seletiva em forma de
competição realizada durante dois dias no Centro Nacional de
Treinamento, em São Bernardo do Campo (SP), os atletas apresentaram
séries completas, de acordo com o novo código de pontuação. A soma dos
dois dias determinou os classificados.
Para o Pan-Americano, eram seis vagas para a ginástica artística
masculina e quatro para a feminina, sendo que o Brasil poderá inscrever
dois ginastas em cada aparelho. Após as avaliações, os atletas que
atingiram os índices estabelecidos são: Carolyne Pedro (Cegin-PR) e
Flávia Saraiva (Flamengo-RJ) no feminino, com o técnico Francisco Porat;
e Péricles Silva (Pinheiros-SP), Jared Azarini (São Bernardo-SP), Caio
Souza (São Bernardo-SP) e Arthur Zanetti (SERC/São Caetano-SP), no
masculino, com o técnico é Ricardo Yokoyama.
Segundo o coordenador das Seleções de Ginástica Artística da
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Marcos Goto, vários fatores
puderam ser avaliados por conta do formato da seletiva. "Em uma
competição aberta, se testa a parte psicológica do atleta. Em um ginásio
aberto, com público, com pressão. Ele tem que fazer a série com outros
ginastas, não está à portas fechadas. É um diferencial para o ginasta
fazer uma avaliação em real competição."
Essa foi a primeira vez que a definição da Seleção que irá a um
campeonato foi feita dessa maneira, e o objetivo foi ser o mais justo e
transparente possível. "Acho que foi o critério mais claro. Era a média
dos dois dias. Era como se o atleta estivesse em um campeonato, então,
ele se classifica em um dia e vai para a final no outro dia. É como
competir por uma medalha", explicou. "O objetivo era que os atletas
conseguissem atingir os critérios e as notas de corte que nós pedimos.
No masculino conseguimos preencher quatro das seis vagas que tínhamos e
no feminino de quatro vagas, duas atletas atingiram os critérios. Acho
que o balanço é muito bom. Serve também para que todos vejam que há
mudanças e elas são para que tudo seja o mais claro e objetivo possível.
Todo mundo viu quem acertou, quem errou", acrescentou Goto.
Além dos atletas da categoria adulta, os jovens talentos da juvenil
também competiram por vagas na equipe que vai aos Jogos Sul-Americanos
da Juvenil, seguindo critérios. Os classificados foram: Laura Rocha (São
Bernardo-SP), Luiza Silva (SERC/São Caetano-SP), Beatriz Silva
(SERC/São Caetano-SP), Júlia Lopes (São Bernardo-SP) e Bianca Tavares
(Fluminense-RJ), no feminino; e Diogo Soares (Piracicaba-SP), Lucas
Souza (Minas Tênis Clube-MG), Murilo Pontedura (SERC/São Caetano-SP),
Patrick Barone (Adeco-SP) e Matheus Silva (Minas Tênis Clube-MG).
"Conseguimos montar a melhor equipe masculina e feminina. O critério
era definir quatro para o individual geral e mais um que contribuísse
para a equipe. São garotos novos que estão passando do juvenil para o
adulto daqui a um ou dois anos. É uma competição importante para eles,
pois vale vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude em 2018", apontou o
coordenador.
Marcos Goto ressalta a forma com que o início deste novo ciclo
olímpico vem sendo conduzido para preparar os ginastas para os próximos
Jogos Olímpicos e para as competições que estão pelo caminho. "Aqui
foram avaliados os critérios técnicos. Depois tem outros, como médicos,
por exemplo. Nós fizemos um mapeamento no Rio com 20 atletas do
masculino e 20 do feminino, já para ver como cada um está, o que tem que
melhorar, se está com alguma lesão. É uma iniciativa feita pela
primeira vez no Brasil. Nesse mapeamento haviam vários profissionais
envolvidos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos,
biomecânicos, fisiologistas etc. Foi uma bateria de testes muito
interessante para que tivéssemos alguns dados que ainda não tínhamos. A
intenção é de estender isso após a formação da nova Seleção", encerrou.
Foto: CBG
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