A disputa masculina do Mundial de Surfe -
primeira competição do ciclo olímpico do surfe para Tóquio 2020 -
começou nesta segunda-feira, 22/5, em Biarritz (FRA), porém, as baterias
de estreia dos brasileiros só acontecerão na terça, 23. A
expectativa da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) é de um grande
desempenho da equipe, formada por Ian
Gouveia, Raoni Monteiro, Wesley Dantas e Elivélton Santos, além de Vitor
Ferreira, como reserva. Na competição feminina, as brasileiras Suelen
Naraisa e Jaqueline Silva começaram muito bem suas participações, mas
acabaram eliminadas no Round 3, no último domingo, 21.
No masculino, as fichas estão depositadas no desempenho do time formado por Ian Gouveia, integrante do WCT, Raoni Monteiro, que também já integrou o WCT, além dos jovens Wesley Dantas (irmão de Wigolly e campeão mundial júnior pela ISA em 2016), e Elivélton Santos (vice-campeão mundial júnior pela ISA em 2014).
"Minha expectativa é muito boa. Já competi algumas vezes no ISA Games. Inclusive disputei uma final no Panamá, quando fiquei na quarta colocação. É muito legal estar aqui e participar da competição. É um evento de muito prestígio, com delegações do mundo inteiro, e que agora tem um algo a mais, já que é o primeiro evento do ciclo olímpico. Dá pra começar a sentir um gostinho de como seria uma classificação para os Jogos. Gostaria de agradecer à CBSurf e ao Ministério do Esporte por todo o suporte que estão dando. Com certeza estaremos fortes em Tóquio", comentou Ian Gouveia, que é filho de Fábio Gouveia, primeiro brasileiro a conquistar um título mundial, justamente no ISA Games, em Porto Rico (1988), como amador.
A
estreia das mulheres em Biarritz foi no sábado, 20. Com 10.10, Suelen
Naraisa fechou em primeiro sua bateria no Round 1, feito que repetiu no
Round 2, com 10.50. Jaqueline Silva, por sua vez, somou 11.27 e ficou
com a segunda colocação no Round 1, avançando também em segundo no Round
2, com a nota 10.24. Contudo, o terceiro round não foi bom para as
brasileiras, que acabaram eliminadas no último minuto de suas baterias.
Além das duas, o Brasil levou para a França a jovem Carol Bonelli, de 15
anos, para observar a competição e começar a se familiarizar com os
torneios internacionais deste porte.
"Nossa
expectativa era chegar à semifinal ou à final, mas como em toda
competição, existe também o fator sorte. Infelizmente, as duas perderam
faltando 30 segundos para o fim da bateria. Essas coisas acontecem. De
toda forma, temos um trabalho a ser feito e acho que há muita estrada
pela frente pro surfe feminino em geral. Vamos focar muito agora nesse
trabalho da categoria para formar um time olímpico", comentou Andréa
Lopes, manager da equipe feminina brasileira em Biarritz. A ex-surfista
profissional usou o seu olhar técnico para conversar muito com as
competidoras mais experientes e também para orientar Carol Bonelli.
A França fez dobradinha no feminino, com ouro para Pauline Ado (FRA) e prata para Johanne Defay (FRA). O bronze ficou com Leilani McGonagle (CRC).
Foto: Sean Evans
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