Uma oportunidade se abriu para três jovens quando elas conheceram o
Centro de Excelência Jovem Promessa. Foi lá que surgiu o amor pela
ginástica rítmica e, anos depois, a conquista de estar entre as
melhores atletas do Brasil. Alanis
Popper Cassaniga Ávila, Emilly Caroline Góes de Souza e Julliana
Assunção Gonçalves usaram o sonho como combustível para chegarem à
Seleção de Ginástica Rítmica de Conjunto. Em 2017, esse grande momento
finalmente chegou.
Após a seletiva realizada em março para definir a Seleção, as
ginastas deixaram suas cidades de origem e se mudaram para Aracaju (SE)
para se juntarem à equipe. Alanis, de Brusque (SC), comemorou a
oportunidade. "É uma sensação incrível. No começo, achava que seria
impossível conseguir chegar até aqui, pois ainda não tinha nível
suficiente para isso. Nunca deixei de treinar e, conforme fui evoluindo,
imaginei que um dia isso poderia se tornar realidade", contou a jovem
de 16 anos, na ginástica desde os dez e fã da russa Aleksandra
Soldatova.
Emilly, que tem a mesma idade e é de Manaus (AM), teve certeza do que
queria para a vida assim que conheceu a ginástica. "Um dia, eu estava
assistindo à ginástica na televisão, vi algumas meninas se apresentando
com a fita e disse para a minha avó que queria fazer aquilo também. Ela
me levou no Centro de Excelência e lá eu comecei, aos sete anos. Gostava
de treinar e comecei a sonhar com a possibilidade de participar da
Seleção. A dedicação foi grande até chegar aqui e acredito que o projeto
abriu portas para um grande futuro."
Quem também está realizando o sonho de integrar a Seleção é Julliana,
de apenas 15 anos. Paraense de Belém, a atleta destacou a importância
de ter feito parte do Centro de Excelência Caixa. "Com certeza há muitos
talentos para serem revelados. Se eu não conhecesse o projeto, eu não
estaria na Seleção agora. Fazer parte do conjunto está sendo de grande
emoção para mim e para a minha família. Treinar com elas está sendo
maravilhoso, pois isso é o que gosto de fazer", disse.
Técnica e coordenadora da Seleção de Conjunto, Camila Ferezin
ressaltou o trabalho de iniciação realizado no Centro de Excelência para
a detecção de talentos. "Por mais que soubéssemos do sucesso dessa
iniciativa, hoje estamos colhendo os frutos com ginastas na Seleção.
Então, temos a certeza de que ele já trouxe sólidos resultados para a
modalidade, descobrindo e aprimorando essas jovens atletas para servirem
à ginástica do Brasil."
Segundo a presidente da CBG, Luciene Resende, a entidade sempre teve
um olhar especial para as categorias de base, já que somente dando apoio
aos jovens ginastas é possível alcançar resultados futuros. Esse
pensamento foi importante para descobrir e formar essas jovens atletas.
"O sentimento é de orgulho de que a modalidade está cumprindo seu papel
social e de formação. Essas meninas são de diferentes Estados (Amazonas,
Pará e Santa Catarina) e temos a certeza de que o trabalho de
massificação dá certo".
Atualmente, o projeto atende 3.699 crianças entre 5 e 9 anos de
idade. Mais do que proporcionar a oportunidade da prática esportiva de
forma democrática para elas, o grande objetivo é a inclusão social.
Criado em junho de 2008, são, atualmente, 26 núcleos espalhados em todas
as regiões do Brasil, sendo 12 de ginástica artística e 14 de rítmica,
nos Estados de Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerias, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Norte, Santa Catarina e Sergipe.
Foto: Divulgação
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