A ginástica artística brasileira teve um
início de ciclo com grandes mudanças. Com quatro medalhas olímpicas nos
últimos dois ciclos, com o objetivo de ir ainda mais longe, 2017 começou
com novidades. Com um modelo inédito de avaliação da ginástica
artística no Brasil, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) irá
adotar critérios cada vez mais transparentes, possibilitando a
participação de todos. Essa metodologia de trabalho será aplicada para a
formação das equipes que irão ao Campeonato Mundial do Canadá, em
outubro.
A primeira avaliação será realizada na
principal competição nacional da modalidade, o Campeonato Brasileiro, em
São Paulo (SP), de 3 a 6 de agosto. O trabalho será realizado sob o
comando do coordenador técnico das Seleções de Ginástica Artística da
CBG, Marcos Goto. No total, serão 12 vagas para a Seleção Masculina e 12
para a Feminina, sendo, em cada uma delas, seis para generalistas,
quatro para especialistas e duas definidas pela comissão técnica. Nas
avaliações técnicas serão aplicados os conceitos ‘excelente’, ‘muito
bom’ e ‘bom’ para cada aparelho.
"O Brasileiro é a nossa principal
competição e, por isso, será também a avaliação mais importante. Isso
será bom para todos os lados. O evento ficará com um nível técnico mais
forte, com todos ainda mais motivados", explicou o coordenador,
lembrando que, após o Brasileiro, caso a comissão técnica não chegue aos
24 nomes, será realizada outra seletiva, novamente seguindo os mesmos
critérios.
Mesmo com os nomes definidos, Marcos
ressaltou que as avaliações seguirão sempre da mesma maneira. "A nossa
ideia é que os ginastas tenham contratos curtos, ou seja, eles deverão
estar sempre se superando. Não queremos nada fechado. Isso será
motivador para quem está na equipe, por saber que não tem vaga
garantida, como para quem ficou fora, já que, se seguir trabalhando,
também pode fazer parte. Todos terão oportunidade para isso", salientou.
Além da avaliação técnica, haverá testes
médicos e físicos. Na avaliação médica, coordenada pela equipe
multidisciplinar da CBG e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), será
considerado o nível de risco do atleta para treinar e competir com
segurança e performance. Já a análise física (composição corporal) será
realizada por meio das dobras cutâneas, com o limite máximo de
percentual de gordura de 9%, para o masculino, e 12%, para o feminino.
Em março, a CBG já havia anunciado o novo
programa de preparação da ginástica artística. O grande objetivo é a
padronização do trabalho nas modalidades masculina e feminina, quando
Marcos Goto passou a ser o coordenador técnico, chefiando as duas
frentes. Além de Marcos, a ginástica artística segue sendo assistida por
uma série de profissionais importantes na manutenção e na melhoria do
desempenho dos atletas. Klayler Mourthé continua como supervisor de
seleções. Juliana Fajardo é a coordenadora de serviços para performance -
responsável por preparação física, nutrição, bioquímica, biomecânica e
preparação mental -, e Breno Schor o coordenador médico. Robson
Caballero comanda o Comitê Técnico da ginástica artística masculina, e
Yumi Sawasato o da feminina. Os treinadores são Cristiano Albino, para
os homens, e Irina Ilyashenko e Francisco Porath, para as mulheres.
Leonardo Finco será o gerente das duas seleções. Conforme as equipes
nacionais forem sendo formadas para a seletiva, em agosto, outros
técnicos serão incorporados.
Foto: Divulgação
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