O
dito popular garante que a primeira vez ninguém esquece. Para Gustavo
Yokota, ao menos, essa máxima está valendo. O jovem brasileiro acabou de
passar por um período de dois meses de intercâmbio na Alemanha, onde
atuou pelo Top Spin Sport Tischtennis Center, clube da cidade Bad
Aibling, e garante que as experiências vivenciadas neste tempo no Velho
Continente foram de suma importância para o andamento da carreira no
tênis de mesa.
Yokota
ressaltou que pôde ter contato com atletas com boas posições no ranking
da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) e conseguiu
conquistar resultados bem positivos.
"O
intercâmbio foi bom em todos os aspectos. Foi minha primeira
experiência de treinamentos na Europa, então, no começo, tudo foi
novidade para mim. Tive a oportunidade de jogar com atletas de altíssimo
nível no Challenger Series (um dos torneios disputados na Alemanha).
Venci o vice-campeão europeu juvenil de 2016 e joguei de igual pra igual
com outros jogadores, que atuam na primeira divisão na Alemanha e
Polônia. Treinei com o técnico Thomas Wetzel, que me recebeu de braços
abertos", disse ele, lembrando que ajudou o Top Spin Sport Tischtennis
Center na luta para sair da parte inferior da tabela:
"Para
completar, joguei a Liga e ajudei meu time a sair da zona de
rebaixamento, motivo pelo qual fui contratado. Portanto, voltei para o
Brasil com um saldo positivo, e com a certeza que dei meu melhor".
Com
um estilo mais defensivo (conhecido como cateiro), o atleta salienta
que a passagem pela Alemanha o ajudou a melhorar o jogo ao qual está
acostumado.
"Os
treinamentos na Europa foram essenciais para aprimorar meu ritmo de
jogo. Joguei com atletas de bola muito forte e porcentagem de erro
pequena. No começo, não conseguia defender os golpes, pois não estava
acostumado com esse ritmo, mas, nas últimas semanas, isso foi mudando e
os resultados também".
Gustavo
garante que retornou ao Brasil diferente e com mais ânimo para evoluir.
E quer mostrar isso nas competições que serão realizadas no país no
decorrer desta temporada, quando defenderá a Associação Chapecoense.
"Voltei
mais maduro, experiente e decidido. Em apenas 2 meses de intercâmbio
não é possível atender todas as expectativas internas e externas, mas
certamente foi o suficiente para enxergar o que tenho que melhorar ainda
mais para encarar os melhores do mundo. Estarei no Aberto do Brasil
adulto e nas Copas Brasil também. Tenho um compromisso com a equipe de
Chapecó, então, também disputarei o JASC (Jogos Abertos de Santa
Catarina) e os estaduais. Pretendo continuar treinando forte. Um dos
meus objetivos para esse ano é conseguir me sobressair no cenário
nacional adulto", avisou.
Um
fator fez com que Yokota se sentisse um pouco mais à vontade na
Alemanha foi justamente o contato com outros brasileiros. Lá, ele pôde
se encontrar com Hugo Calderano, Victor Ishyi e Eric Jouti, que treinam e
jogam no país.
"Encontrei
todos eles, pois fui para a cidade de Ochenhausen competir, que é
justamente onde eles moram e treinam. Vitor, Eric e o Calderano ainda me
pagaram um jantar (risos). Além disso, Vitor também foi meu oponente
durante o Challenger Series. Foi muito legal encontrá-los", recorda.
Foto: ITTF
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