Em matéria publicada nesta sexta-feira (3), o jornal francês Le Monde diz que o Ministério Público Francês encontrou evidências de que o Brasil teria pago propina para receber os Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério, duas transferências no valor total de 2 milhões de dólares para o então presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) Lamine Diack e também membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) dias antes da escolha da sede dos Jogos.
As transferências foram realizadas pelas empresas de Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, que prestava servições ao então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: uma no valor de 1 milhão e meio entre uma empresa de Arthur e a Pamdonzi Consulting, empresa do filho de Lamine, Papa Diack e outra de 500 mil, que foi depositada em uma conta de Papa na Rússia.
Lamine Diack, com diversas denúncias de corrupção, incluindo de proteger atletas russas com doping de suspensões, renunciou ao posto de membro do COI após ter sido preso em novembro de 2015.
A descoberta faz parte das investigações do Ministério Público Financeiro da França sobre suspeitas de corrupção na escolha das sedes dos Jogos Olímpicos pelo COI.
Foto: AFP
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